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“A Maior Flor do Mundo” para conheceres Saramago

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“As histórias para crianças devem ser escritas com palavras muito simples…”
José Saramago

 

José Saramago nasceu há 99 anos, a 16 de novembro de 1922, e foi o único português a receber o Prémio Nobel da Literatura, em 1998.

Há uma Fundação José Saramago, situada na Casa dos Bicos, em Lisboa, que é gerida pela sua mulher, a jornalista Pilar del Rio.

Para assinalar o seu centenário, irá decorrer um vasto programa até 16 de novembro de 2022, de modo a homenagear este nome maior da literatura portuguesa.

Se ainda não conhecias Saramago, ficas a saber que viveu em Lisboa e em Espanha, na ilha de Lanzarote. Não fez grandes estudos, mas a sua imensa sede de cultura e de saber em geral, bem como a sua enorme curiosidade perante o Mundo, levaram-no a frequentar bibliotecas à noite, onde completou a sua vasta formação e domínio da língua portuguesa.

Escreveu vários livros, alguns dos quais fazem parte dos programas da disciplina de português no Ensino Secundário, e entre muitos romances podem-se destacar títulos como “Memorial do Convento”, “As Intermitências da Morte”, “O Homem Duplicado”, “Ensaio sobre a Cegueira”, “Jangada de Pedra” ou “O Ano da Morte de Ricardo Reis” (estes últimos quatro já adaptados ao cinema).

Quando nasceu na região da Golegã, foi registado por engano com a alcunha da família, Saramago, o nome de uma planta herbácea com flor que ali cresce.

Vem a propósito desta ligação do seu nome à Natureza o conto infantil “A Maior Flor do Mundo” (2001), que conta a história de um menino que parte em busca de aventura, deixando a sua aldeia e os seus. Foi andando, andando e … “Deu-se o menino ao trabalho de subir a encosta, e quando chegou lá acima, que viu ele? Nem a sorte nem a morte, nem as tábuas do destino… Era só uma flor.” O encontro com uma flor quase a morrer de sede vai despertar os mais belos instintos de solidariedade no menino, que tudo fará para salvar aquela plantinha, símbolo da Natureza, da Terra.

Este conto recebeu ainda um prémio importante pelas ilustrações. Podes ler aqui.

E no final, Saramago, faz um apelo aos seus pequenos leitores: “Quem sabe se um dia virei a ler outra vez esta história, escrita por ti que me lês, mas muito mais bonita?…”

Que tal responderes ao seu desafio? Escreve a tua história e partilha-a com o TAG.

Texto: Maria José Pimentel