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Aluno cria app que descobre se um texto foi escrito pelo ChatGPT

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Já deves ter ouvido falar no ChatGPT: um protótipo de um chatbot com inteligência artificial desenvolvido pela OpenAI e que se especializa em textos, nomeadamente respondendo a questões ou seguindo instruções, de forma detalhada.

No fundo, é um modelo de linguagem de conversação gratuito que cria textos, poemas, cartas, análises sobre temas, sempre de forma original, sem se autocopiar, dificultando a descoberta da sua origem.

A ferramenta foi lançada no final de 2022 e tornou-se viral em todo o mundo em poucas semanas, ao ponto de já se discutir que mudanças sociais um instrumento como este poderá vir a acarretar, enfim: é todo um mundo novo que a inteligência artificial vai abrindo e que teremos de aprender a gerir…

Foi isso que um estudante universitário norte-americano fez: ao saber que o ChatGPT estava a ser usado por alunos de todo o mundo para fazer ou ajudar em testes, exames ou trabalhos escolares, e à medida que crescia a preocupação dos professores e educadores pelo óbvio atalho e consequências que isto tem para a aprendizagem e criatividade (além de inúmeras questões éticas), Edward Tian teve uma ideia.

O aluno de 22 anos da Universidade de Princeton, nas cadeiras de Ciência da Computação e Jornalismo, decidiu criar uma aplicação para detetar se um texto foi gerado por uma máquina ou escrito por uma pessoa. Ele passou as pausas escolares a tratar disso e em poucos dias, na verdade, criou e lançou o GPTZero, que analisa diferentes propriedades de um texto para apurar se ele foi escrito.

Entretanto, já há muitas escolas e universidades a proibir o uso do ChatGPT nas salas de aula e há outras empresas a trabalhar em ferramentas semelhantes – a própria criadora da original estará a testar uma – mas esta iniciativa de Edward Tian já ficará para a história: é que o GPTZero já ganhou um milhão de utilizadores desde o lançamento em janeiro e é, atualmente, a ferramenta número 1 para detetar se um texto foi escrito por um humano – ou por inteligência artificial.

Foto: Lionel Bonaventure / AFP