Publicidade Continue a leitura a seguir

Ansiedade e tristeza? O que podes fazer

Publicidade Continue a leitura a seguir

Há sentimentos que são normais e que fazem parte da vida. O problema é quando as emoções negativas dominam os dias. Há sinais de alerta (em ti e nos outros) que não deves ignorar e deixar andar.

Aquele stress permanente

A ansiedade é uma resposta natural do nosso corpo ao stress, a uma situação inesperada, a traumas e deceções, a alguma coisa que não conseguimos controlar. E não há qualquer problema de isso acontecer. A questão é quando é frequente e se instala no dia a dia. Nesse caso, é preciso falar com alguém e pedir ajuda. Guardar tudo para dentro não é bom. Esconder o que se sente não é aconselhável. Até porque pode estar uma doença em desenvolvimento, uma patologia ansiosa ou perturbações de ansiedade. O que não é nada bom.

 

Sinais de alerta

Preocupação constante
Medo e pânico
Sensação de descontrolo
Apreensão e tristeza
Suores e tremores no corpo
Coração a bater depressa
Respiração acelerada
Sensação de fadiga

 

Como lidar

Há estratégias para lidar com o stress, com a ansiedade. Identificar os fatores que desencadeiam esses sentimentos menos positivos é fundamental. O que te deixa realmente ansioso? A escola? Os testes? Os trabalhos de casa? As atividades extracurriculares? Aquele jogo, aquela competição? Aquele espetáculo de dança? A apresentação de um trabalho na turma?

Falar com os pais e irmãos mais velhos, com um amigo ou com uma amiga, com alguém da família, ajuda sempre. Abrir o coração para dizer o que vai lá dentro é uma boa forma de ultrapassar o que te anda a fazer mal. Manter uma atitude positiva pode ser difícil à primeira vista, perante tudo o que se sente e puxa para baixo – sentimentos de solidão, angústia, baixa autoestima -, mas é um passo importante para não deixar que a cabeça entre numa espiral de medos e preocupações constantes.

 

Tristeza que não passa?

Não vale a pena sofrer por antecipação. Não é possível controlar tudo, aceitar que assim é, é simplesmente ser humano. A tristeza também faz parte da vida, é uma das emoções básicas, não é possível andar sempre feliz, mas quando esse sentimento ganha uma dimensão maior, podendo até desencadear uma depressão, é preciso parar, pensar, ter calma, partilhar sentimentos e desabafar preocupações. Falar com a família e pedir ajuda se for necessário, marcar uma consulta de psicologia, por exemplo.

E não só. Comer bem, dormir bem, fazer exercício físico, relaxar, respirar com calma, ter tempo para fazer o que se gosta (ir ao cinema, sair com os amigos, ir a um concerto, caminhar, praticar um desporto), permitem encarar os dias de outra forma. E rir, rir muito, sem o coração apertado e os olhos caídos.

 

Relaxar

Parar e respirar len-ta-men-te (exercícios para fazer)
Inspirar lentamente pelo nariz (sem pressas)
Suster a respiração durante alguns segundos (e apreciar essa paragem)
Expirar lentamente (de forma relaxada)
Repetir até sentir que o coração bate calmamente e o nível de ansiedade baixou

 

Dormir para recarregar energias

Os hábitos de sono são extremamente importantes em todas as fases da nossa vida. É fundamental dormir bem, pelo menos sete horas por noite. E quando se anda com elevados níveis de stress e ansiedade, o corpo precisa de mais descanso, repouso, e noites sossegadas. Atenção, portanto, à tecnologia antes de dormir, nada de olhos colados no ecrã ou luzes permanentemente ligadas.

 

808 24 24 24, opção 4

É o número da linha de apoio psicológico do Serviço Nacional de Saúde (SNS), criada durante a pandemia da covid-19, disponível 24 horas por dia, sete dias por semana. Do outro lado, estão psicólogos preparados para ouvir, ajudar, reencaminhar. Segundo notícias, a maior parte das chamadas estão relacionadas com problemas e sintomas associados à ansiedade e à gestão e adaptação em situação de crise.

Entretanto, o Ministério da Saúde anunciou a criação de uma linha gratuita de prevenção do suicídio e apoio psicológico, que deverá começar a funcionar no início do próximo ano.

Texto: Sara Dias Oliveira
Foto: Leonel de Castro