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Auroras boreais e outros fenómenos no céu

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O universo é um palco sem fim para acontecimentos bonitos à vista, cientificamente complexos, que só acontecem em condições muito específicas. A Natureza também tem os seus momentos e caprichos lá em cima.


Foto: Felix Pergande – stock.adobe.com

Ventos e gases

A aurora boreal é um fenómeno atmosférico que se mostra com luzes coloridas e desenhos luminosos no céu. São momentos únicos que só acontecem no hemisfério norte do Planeta, em regiões localizadas em altas latitudes: Islândia, Finlândia, Suécia, Noruega, Canadá, Gronelândia na Dinamarca, Alasca nos Estados Unidos. Boreal significa norte, daí o batismo.

Ora bem, e como é que isso acontece? É a interação química entre ventos solares e gases atmosféricos, presentes na termosfera, que dá origem a tamanha beleza que não é sempre igual quanto à luz e quanto ao formato. De qualquer forma, uma aurora boreal é sempre bonita e só se mostra à noite. No hemisfério sul, a aurora é austral, devido, lá está, à localização. Austral é um dos sinónimos de sul. Chile, Argentina, Austrália e Nova Zelândia são os lugares mais privilegiados para apreciar estas auroras a sul.

 

As cores do arco-íris

Sol e chuva, chuva e sol, em simultâneo, e ele lá dá o ar da sua graça e mostra-se, bonito e airoso, no céu. A ciência explica. O arco-íris é um fenómeno ótico e meteorológico que se forma quando a luz branca solar entra em contacto com as gotas de água na superfície. A reflexão e a refração da luz fazem o resto, ou seja, dispersam a luz nas suas sete tonalidades: vermelha, laranja, amarela, verde, azul, índigo (entre o violeta e o azul) e violeta.

Há um outro fenómeno, mais raro, que o arco-íris de fogo que acontece apenas quando feixes da luz do Sol refletem em cristais de gelo nas nuvens e num ângulo muito específico. É colorido também e forma uma luz reta acima do horizonte. Há ainda um outro tipo de arco-íris de fogo chamado nuvem iridescente, fenómeno raro que acontece quando a luz lá em cima contorna um obstáculo, neste caso a própria nuvem, e se separa em cores, cientificamente chamada difração.

 

Sol da meia-noite

Não é um fenómeno de ilusão de ótica, é um fenómeno natural nas zonas polares ao longo do verão. É o sol da meia-noite. Explicação? Há regiões do Planeta que têm dias e dias sem noites, onde o sol é visível 24 horas no período próximo ao solstício de verão. Este acontecimento explica-se pela localização geográfica dos polos – o número de dias com sol da meia-noite é maior quanto mais próximo se está dos polos – e do movimento de rotação, translação e inclinação do eixo da Terra. Tal como a aurora boreal, também só acontece no hemisfério norte do Planeta, em pontos específicos do Alasca, Canadá, Gronelândia, Noruega, Suécia, Finlândia, Islândia.

 

Halo solar no México

Foto:Angel de Jesús – stock.adobe.com

Também há coisas assim. Foi em setembro do ano passado, no México, um halo solar apareceu no céu, um fenómeno ótico e natural que cria a impressão de um arco-íris ao redor do sol, como um disco solar. É o que faz a refração da luz branca em condições muito propícias que se separa em diversas cores (as cores do arco-íris). Para que aconteça, tem de haver uma camada de nuvens bem altas e pequenos cristais de gelo. Parece simples, não parece?

 

Quando os astros se cruzam

Quando dois objetos celestes em movimento se cruzam… isso é um eclipse. Ou seja, um astro deixa de ser visível de forma total ou parcial, durante um período de tempo, porque há outro astro que se sobrepõe e faz sombra. É um dos fenómenos astronómicos mais admirados e sempre comentado quando acontece com os dois principais astros celestes, ou seja, o Sol e a Lua.

 

Texto: Sara Dias Oliveira