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“Bolo de Aniversário de Agrião” leva-te a viajar pela exposição “Quem és tu?”

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A exposição “Quem és tu? – Um teatro nacional a olhar para o país” está patente no Museu Nacional do Teatro e da Dança, em Lisboa, até 29 de dezembro, com uma programação paralela destinada a várias faixas etárias. Esta inclui visitas guiadas e comentadas, visitas encenadas para o público mais jovem, oficinas e um debate.

A partir de 6 de outubro, as crianças com mais de 6 anos também podem conhecer a fundo esta exposição, através da visita encenada “O Bolo de Aniversário de Agrião”, desenvolvida pelo Lobby Teatro, em sessões destinadas a famílias e a escolas.

É uma forma diferente de descobrir esta mostra especial, que tem curadoria de Tiago Bartolomeu Costa e reflete sobre a história do D. Maria II nos últimos 100 anos e a sua relação com o país.

A exposição, que pode ser vista de terça a domingo, das 10 horas às 18 horas, foi primeiro inaugurada em março de 2023, em Águeda, e depois apresentada em 10 concelhos portugueses ao longo de quase um ano – também nas Caldas da Rainha, Viseu, Ribeira Grande, Funchal, Évora, Sines, Faro, Amarante e Barcelos –, no âmbito do projeto Odisseia Nacional, do Teatro Nacional D. Maria II, somando mais de quatro mil visitantes.

A partir de fotografias, trajes, maquetes, desenhos, filmes, objetos de cena e arquivo administrativo e criativo – oriundos de acervos do Museu Nacional do Teatro e da Dança e do Teatro Nacional D. Maria II, mas também de outras instituições e de particulares –, a mostra começa com a instauração da ditadura militar pelo golpe de 1926 e explora as muitas realidades de quase um século de história. “Quem és tu?” é no fundo uma viagem, que cruza a história do Teatro Nacional D. Maria II com a história do país, estabelecendo ligações entre a prática artística e o seu contexto político e social.

Ingredientes que congelam

E chegamos à parte das visitas especiais. A partir de 6 de outubro, o Lobby Teatro conduzirá então o público mais jovem por uma experiência encenada pelo interior da exposição, intitulada “O Bolo de Aniversário de Agrião”.

Com um cunho performativo sobre os figurinos, adereços, maquetes, pinturas e fotografias, a visita usa o espaço da exposição como pano de fundo para uma viagem dinâmica pela História, contada a partir de uma receita de um bolo de aniversário para a rainha D. Maria II.

De utensílios que pegam fogo, a ingredientes que congelam, “O Bolo de Aniversário de Agrião” aborda a história do Teatro Nacional D. Maria II e a história de Portugal, num espetáculo criado e interpretado por Joana Brito Silva e Mariana Fonseca, com apoio à criação de Alice Azevedo.

“O Bolo de Aniversário de Agrião” pode ser visto em família, aos domingos, às 10.30 horas, nos dias 6 e 20 de outubro, 3 e 17 de novembro, e 1 e 15 de dezembro. De 27 a 29 de novembro, serão ainda realizadas diversas sessões para escolas, destinadas a alunos do 1.º ciclo do Ensino Básico.

Além desta visita encenada, os mais pequenos podem também descobrir a exposição “Quem és tu? – Um teatro nacional a olhar para o país” através de três visitas guiadas e oficinas destinas a crianças a partir do 6 anos.

São elas: “Dançar o fogo”, a 5 de outubro, às 10.30 horas (oficina desenvolvida a partir da temática do incêndio que deflagrou no D. Maria II, em 1964); “Anjos e Diabos continuam aqui”, a 9 de novembro, às 10.30 horas (a partir do conjunto de trajes desenhados por Almada Negreiros para o espetáculo Auto da Alma, de Gil Vicente); e “Era uma vez… um lápis azul”, a 7 de dezembro, às 10.30 horas (oficina de pensamento crítico, que aborda o tema da censura, em particular no teatro, durante o período do Estado Novo).

Para além das atividades para crianças, a exposição integra ainda visitas guiadas destinadas ao público em geral; duas visitas comentadas, a 12 de outubro e a 7 de dezembro, conduzidas por Maria Emília Correia e Carlos Vargas, respetivamente, a par do curador, e um debate – “Um Teatro e este país” -, a 4 de outubro, com a participação de Cristina Carvalhal e Miguel Honrado e moderação de Tiago Bartolomeu Costa.

Texto: Patrícia Naves
Foto: DR/João Versos Roldão, TNDM