Já falámos aqui no TAG sobre como a Rede de Centros Ciência Viva, em Portugal, tem apostado num esforço para inspirar jovens raparigas a seguirem carreiras profissionais em ciência e tecnologia, promovendo um debate alargado sobre a importância de envolver as raparigas, desde muito cedo, em projetos nestas áreas do conhecimento.

Em pleno Dia Internacional da Mulher, este sábado, 8 de março, esta mesma rede lança o 5.º volume do livro “Mulheres na Ciência”: é às 16 horas, no Pavilhão do Conhecimento. Depois dos volumes lançados em 2016, 2019, 2021 e 2023, o livro homenageia agora 107 investigadoras de diferentes gerações e áreas do conhecimento, fotografadas pelas lentes de Estela Silva, Lara Jacinto, Leonel de Castro e Mário Cruz.

São mais de 100 rostos de investigadoras portuguesas com afiliação a 65 instituições científicas. Vêm de 14 regiões de Portugal continental e insular e de cinco países. Representam 32 áreas do conhecimento e são uma inspiração para as gerações mais jovens.

Da Biotecnologia e Bioquímica, passando pela Ciência Política e as Ciências da Comunicação, até à Informática e Inteligência Artificial são mais de 30 as áreas científicas das protagonistas do mais recente volume do livro. Uma iniciativa que dá palco aos percursos, desafios e motivações das mulheres cientistas portuguesas.

O lançamento do livro “Mulheres na Ciência” conta com a abertura de Rosalia Vargas (na imagem), presidente da Ciência Viva, na presença de Ana Paiva, secretária de Estado da Ciência, que fará a intervenção final.

“Há cada vez mais mulheres na ciência em Portugal. Ainda assim há um longo caminho pela frente, nomeadamente no que diz respeito à liderança. É necessário que as mulheres na ciência encontrem mais oportunidades e que todas as portas se abram com total sentido de inclusão e igualdade para que possam fazer as suas escolhas”, reforça Rosalia Vargas na nota introdutória do livro.

O evento de lançamento conta com breves intervenções de investigadoras retratadas neste volume. Carla Fernandes, investigadora do ICNOVA – FCSH e Mulher na Ciência em 2021, apresenta o projeto BlackBox, um modelo inovador para uma plataforma digital colaborativa na área da dança e teatro.

Texto: Patrícia Naves
Foto: Sara Matos / Arquivo