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Energia: a estratégia invisível da guerra

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Não é apenas de artilharia militar, tanques e mísseis que se faz um conflito. Há medidas económicas, políticas e sociais utilizadas para enfraquecer o opositor. Com a continuação do conflito entre a Rússia e a Ucrânia, e depois de ver aplicadas pela União Europeia medidas económicas restritivas, a ofensiva russa decidiu responder a todos os que se opõem às suas ações. O gás natural foi a arma escolhida.

A hegemonia russa na energia

 

A Rússia não é única a utilizar a energia como arma. Recentemente, a União Europeia (UE) apresentou novas sanções, nomeadamente a possibilidade de um embargo ao petróleo russo, o que terá impacto na economia desta potência. Mas a invasão atualmente em curso levantou o problema da dependência europeia do mercado da Rússia. Nas palavras de Ursula von der Leyen, presidente da Comissão Europeia, a UE pretende tornar-se “independente dos combustíveis fósseis da Rússia muito rapidamente, de vez e para sempre”. A maior aposta nas energias renováveis, outra forma de produzir eletricidade, é uma das estratégias para alcançar esta meta.

 

Fornecimento de gás como ataque

 

Devido à grande dependência face ao gás natural russo, os países mais a leste da Europa são mais permeáveis a quaisquer decisões do Kremlin. Consciente deste facto, Vladimir Putin exigiu que a energia que lhe é comprada seja paga em rublos, a moeda russa, de forma a contornar algumas das sanções económicas que a União Europeia tem imposto. Muitos países recusaram, como é o caso da Polónia e da Bulgária, que viram cortado o fornecimento de gás natural de origem russa.

 

Preços instáveis

 

Apesar de países como Portugal, Espanha e Itália não terem dependência direta da energia importada da Rússia, as ações assumidas por Putin afetam os preços a que o gás natural e o petróleo são comercializados no mercado internacional. Ou seja, apesar de o abastecimento de energia não estar em risco, mesmo os países mais longe do território russo sentem a influência deste tipo de políticas nos preços das matérias-primas energéticas e, por consequência, no preço da eletricidade e do gás e, por arrasto, de muitos outros bens.

 

As sanções da União Europeia

 

A Rússia não é única a utilizar a energia como arma. Recentemente, a União Europeia (UE) apresentou novas sanções, nomeadamente a possibilidade de um embargo ao petróleo russo, o que terá impacto na economia desta potência. Mas a invasão atualmente em curso levantou o problema da dependência europeia do mercado da Rússia. Nas palavras de Ursula von der Leyen, presidente da Comissão Europeia, a UE pretende tornar-se “independente dos combustíveis fósseis da Rússia muito rapidamente, de vez e para sempre”. A maior aposta nas energias renováveis, outra forma de produzir eletricidade, é uma das estratégias para alcançar esta meta.

Texto: Sara Sofia Gonçalves