O Guilherme, de nove anos, a Filipa, de dez, e o Gil, de sete, apresentaram as medidas que defenderiam se fossem titulares da Secretaria de Estado da Administração Interna. Patrícia Gaspar, responsável por essa pasta, comentou as propostas dos pequenos governantes.

Guilherme, 9 anos

“Juntava as pessoas e dizia para terem mais cuidado com os incêndios e dava mais cursos aos bombeiros”

Olá, Guilherme! Estás preocupado com uma das áreas que para nós é muitíssimo importante. Os bombeiros, como tu sabes, em Portugal, na sua maioria, são voluntários, e temos feito um esforço muito grande para apostar na formação, no recrutamento. Outra coisa que falaste também, e acho muito importante, tem a ver com a informação, o explicar às pessoas o que é que podem e o que é que não podem fazer. Nós, ao nível da Administração Interna, mas sobretudo com a Proteção Civil e com a GNR, temos várias campanhas com as escolas, para reforçar a mensagem do que as pessoas podem e não podem fazer. Sobretudo no que diz respeito a não usar o fogo na floresta, porque sabemos que muitas vezes os incêndios começam sem querer, porque as pessoas não têm o comportamento devido.

Filipa, 10 anos

“Colocaria mais guardas-florestais para proteger as florestas, para vigiar mais e remover o lixo”

Olá, Filipa! Muito obrigada pela tua questão sobre os guardas-florestais, que me deixou espantada, porque tu és tão novinha e lembrares-te e saberes que há guardas-florestais deixa-me muito contente. Os guardas-florestais são uma carreira importantíssima na proteção das florestas, como tu própria disseste. Existiram há muitos anos. Em 2004/2005, foram extintos, mas esta é uma força que nós estamos, neste momento, a recuperar. Estamos, de facto, a reforçar o número de guardas-florestais que estão disponíveis para ajudar na vigilância e na proteção da floresta. No ano passado, fruto deste esforço, conseguimos contratar mais 150 guardas-florestais. Estes guardas vão estar cada vez mais presentes na floresta, a vigiar, a patrulhar, a tentar identificar comportamentos menos corretos e até a explicar às pessoas o que podem e não podem faz

Gil, 7 anos

“Eu contratava o dobro dos polícias e de bombeiros”

Olá, Gil! Ora bem, Gil, tu na tua pergunta dás uma ideia muito importante que é reforçar a presença dos bombeiros e das forças policiais no nosso território. É o que fazemos um bocadinho todos os anos! E essa é uma aposta muito importante. Estás no bom caminho. Posicionar essas forças e colocá-las no sítio mais importante, é o que nós fazemos todos os anos. Por exemplo, até pela questão dos incêndios florestais, mas também perante outras circunstâncias, pela possibilidade de ocorrerem outro tipo de emergências. A isto se chama pré-posicionamento. E é isto que fazemos um bocadinho todos os anos. A importância dos bombeiros e das forças policiais na segurança do nosso país, do nosso território, é uma prioridade muito importante para nós, e que tentamos com os recursos que temos disponíveis implementar no terreno. A tua pergunta foi importante e eu espero que a minha resposta possa esclarecer essa questão.