Portugal não está em guerra há muitos anos, mas os militares do Exército, da Força Aérea e da Marinha continuam a ser fundamentais no território nacional e também no apoio a outros países.
Nem só de guerras vivem as Forças Armadas. Hoje, os conflitos podem ser outros. Deixamos-te algumas curiosidades para perceberes como funciona a defesa do território e a ajuda que os nossos militares prestam aos aliados estrangeiros.
O que são as forças Armadas?
As Forças Armadas são uma instituição nacional que integra três ramos: o Exército, a Força Aérea e a Marinha. Além destes existe a Guarda Nacional Republicana (GNR), que é uma força militarizada mas está na tutela do Ministério da Administração Interna e não da Defesa.
Para que servem?
Para garantir a independência nacional, a unidade do Estado e a integridade do território. Desde o 25 de Abril de 1974 que Portugal não se envolve em conflitos armados. Hoje em dia, as Forças Armadas apenas mantêm a ordem constitucional com diversas tarefas como vigilância e controlo dos espaços nacionais, busca e salvamento, vigilância das praias e florestas, apoio ao combate de incêndios, etc. Mas os nossos militares também integram operações de resposta a crises e operações de paz no estrangeiro. No total, há 12 missões ativas em nove países. É o caso, entre outras, da EUFOR na Bósnia, da KFOR no Kosovo, da ISAF no Afeganistão, da EU European Union Training Mission na República Centro Africana, e da Operation Inherent Resolve no Iraque.
Quantos militares há em cada ramo?
Os últimos dados dizem que há 8 011 na Marinha (89% homens e 11% mulheres), 13 122 no Exército (90% homens e 10% mulheres) e 5 954 na Força Aérea (84% homens e 16% mulheres).
Quem manda nas Forças Armadas?
O Comandante Supremo das Forças Armadas de Portugal é o presidente da República, atualmente Marcelo Rebelo de Sousa. Mas é ao Ministério da Defesa Nacional e consequentemente ao ministro da Defesa, João Gomes Cravinho, que compete gerir todos os meios logísticos e humanos das Forças Armadas, bem como a administração de equipamentos militares. Depois, cada ramo é chefiado por um oficial general com o posto de general (Exército e Força Aérea) ou almirante (Marinha).
O que é o Dia da Defesa Nacional?
Desde 2004 que em Portugal deixou de ser obrigatório ir para a tropa. Porém, o Dia da Defesa Nacional é uma atividade militar obrigatória para todos os cidadãos portugueses que façam 18 anos. O objetivo é, durante um dia, sensibilizar rapazes e raparigas para as responsabilidades, deveres e direitos, enquanto cidadãos, dando a conhecer a organização da estrutura, as suas missões e as opções para quem queira ser militar.
Texto: Filomena Abreu