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Gostas de fruta e legumes? Então, trata bem das abelhas

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São responsáveis pela polinização, uma função de vital importância para o ecossistema. Mas estão ameaçadas. Há alertas para a perda de biodiversidade a nível global, e, por cá, continuamos sem um plano para proteger estes insetos.

A função das abelhas na Natureza é essencial através da polinização. Mas, afinal, o que é a polinização? De uma forma simples, “é o transporte de pólen entre flores, possibilitando a reprodução das plantas e a formação de frutos e sementes”. A explicação é de Sónia Ferreira, investigadora do Centro de Investigação em Biodiversidade e Recursos Genéticos.

E, agora, já deves estar a questionar-te qual é a importância da polinização. Na verdade, é de extrema importância “porque a reprodução de cerca de 80% das plantas depende desse transporte e, sem ele, a grande maioria dos alimentos que consumimos não estaria disponível, assim como grande parte das plantas silvestres desapareceriam”, prossegue a investigadora.

 

Portugal sem estratégia

Muitas espécies de abelhas são pouco conhecidas e quase todas são ameaçadas pela destruição de habitat e uso de pesticidas e outros agroquímicos. Há países que estão a desenvolver planos de ação para proteger as abelhas. Em Portugal, não há uma estratégia ou plano para preservar estes insetos. No nosso país, temos mais de 720 espécies, o que, na opinião de Sónia Ferreira, é um número generoso. Em todo o Mundo, existem mais de 20 mil espécies descritas, sendo certo que ainda há muitas para descobrir e descrever. O Brasil, com quase duas mil espécies de abelhas, é o país com mais variedade, seguido do México e da Turquia.

 

Alerta global para perda de diversidade

De acordo com a especialista, já há um “alerta global para a perda da diversidade e dos serviços do ecossistema realizados pelas abelhas”. Mas, em Portugal, “ainda não existe um plano, apesar de existir necessidade”.

Em suma, as abelhas são um grupo responsável pela polinização de diversas espécies de plantas. Sem elas, a vida humana seria certamente muito distinta.

 

Texto: Joana M. Soares