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Granizo e chuvas tropicais. Nem o verão escapa aos humores do clima

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El Niño and La Niña, Normal condition climate change patterns in the ocean

O tempo mostra o seu poder em circunstâncias específicas e em condições particulares. O que acontece lá em cima interfere cá em baixo. Os fenómenos atmosféricos deixam marcas. Ah, pois deixam…

 

Quando a água congela nas nuvens…

 

isso é granizo, uma forma de precipitação que acontece quando a água nas nuvens congela e forma aquelas bolinhas de vários tamanhos e de superfície irregular. São corpos sólidos transparentes formados por água, tecnicamente falando. Forma-se em condições bastante específicas. Ou seja, são precisas temperaturas muito baixas e uma intensa circulação do vento. Haja frio e correntes de ar, portanto, para a água solidificar e cair como pequenos blocos de gelo. Uns maiores, outros mais pequenos, fazem barulho ao cair, seja no inverno, seja no verão, que também acontece. As zonas equatoriais sabem bem o que são chuvas de granizo.

 

Prejuízos na terra 

 

O problema é quando as bolas de granizo provocam prejuízos, não se limitando a cair e a voltar à sua forma líquida, a ser água outra vez. A precipitação com tal consistência pode estragar culturas, o que se semeou na terra, prejudicando seriamente a agricultura, fazendo cair frutas das árvores, estragando folhas e legumes que querem nascer. A intensidade do granizo pode ser um caso sério. Não te lembras das chuvas de granizo que prejudicaram os olivais de Trás-os-Montes e estragaram as últimas cerejas do Fundão há poucas semanas? Pois é, o granizo tem destas coisas.

 

Ventos carregados de humidade 

 

Os ciclones e os tornados também são fenómenos atmosféricos. Os primeiros são ventos muito fortes, a mais de 200 quilómetros por hora, carregados de humidade. Os tropicais formam-se em zonas de baixas latitudes, com temperaturas entre os 5 e os 20 graus. Os extratropicais acontecem em regiões de elevadas latitudes. Chamam-lhes tufões quando se manifestam no oceano Pacífico ou no oceano Índico. No Atlântico, têm o nome de furacões.

Os tornados, muito habituais nos EUA, são semelhantes aos ciclones, também são provocados pelo rápido deslocamento do vento em forma circular, mas mostram a sua força em menores extensões de terreno. São mais confinados e restritos, geograficamente falando.

 

800 km/h
É quanto os ventos de um tornado podem atingir. Por isso, a sua capacidade destrutiva não é de subestimar.

 

La Niña e El Niño 

 

Quando as águas do Pacífico aquecem de uma forma anormal, nomeadamente na costa oeste do Peru e do Equador, El Niño manifesta-se ao libertar uma massa de ar mais quente que interfere no clima de várias partes do Mundo – no Brasil, por exemplo, as chuvas ficam mais intensas. Mais um fenómeno atmosférico a não subestimar. Tal como La Niña que, embora menos frequente, dá de si quando a água do mar fica muito mais fria do que é normal.

 

Quando as camadas de ar trocam de posições, isso é… 

 

inversão térmica, ou seja, quando a posição das camadas de ar, quente e frio, se inverte. O que significa que o ar tem dificuldade para circular. O ar quente desce e o ar frio sobe. Se assim é, trata-se de um problema ambiental porque, sobretudo em zonas urbanas, a dispersão dos poluentes para a atmosfera torna-se mais difícil. Resultado: mais poluição nas cidades.

 

Efeito estufa

 

Alguns gases refletem parte da radiação solar recebida pelo Planeta e o que resta bate na superfície e retorna para o ar, sendo novamente refletido para a superfície. É o chamado efeito estufa que, caso não existisse, colocaria as temperaturas em níveis negativos e não haveria água em estado líquido. A grande questão é que se a poluição do ar não parar, o efeito intensifica-se e as temperaturas podem subir para níveis verdadeiramente preocupantes, até mesmo dramáticos.

 

E, atenção, também há chuvas no verão

 

O ar frio desce, por ser mais denso, o ar quente sobe, por ser mais leve, o ar movimenta-se, inicia-se o processo de condensação, depois vem a precipitação, e a chuva cai. São as chuvas de verão que habitualmente acontecem em regiões tropicais, em zonas com altas temperaturas. Normalmente, duram pouco tempo, mas são intensas. Também são chamadas de chuvas convectivas.

 

Processos naturais

 

As nuvens, que são formadas pelo vapor de água mais leve do que o ar e que se condensa, são processos naturais, são fenómenos atmosféricos. A humidade é outro exemplo, resulta da evaporação, condensação e precipitação, e é a quantidade de água que existe no ar na forma de vapor ou de pequenas gotas. A temperatura é outro fenómeno, o calor, o frio, o assim-assim, e depende de vários fatores, como altitude, latitude e ação humana. O vento, que é o ar em movimento, é outro processo natural, tal como as precipitações em forma de chuva, neve, geada, orvalho e granizo.

 

Texto: Sara Dias Oliveira