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Jogar videojogos é normal, mas o vício é uma doença

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Jogar videojogos faz parte dos momentos de lazer de miúdos e graúdos. Com “conta, peso e medida” – que é o mesmo que dizer, jogar mas também fazer outras atividades como ler, ir ao cinema, brincar no parque ou sair com os amigos – é divertido e entretém.

Mas quando se torna na única coisa que se quer fazer nos tempos livres e é cada vez mais difícil parar – até se sente raiva e se tem atitudes agressivas contra quem diz para parar – o caso é mais sério.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) acaba de incluir o “vício por jogos de vídeo” na lista de doenças consideradas uma perturbação do foro mental. Ou seja, os médicos devem estar mais “atentos à existência desta condição” e as pessoas que sofram deste vício devem receber ajuda apropriada.

A OMS diz que existem três grandes características na perturbação causada pelos videojogos:

1. O comportamento de jogar tem precedência sobre outras atividades

2. Mesmo quando há consequências negativas – como dificuldades em dormir e deixar de comer de forma adequada – o comportamento continua a aumentar

3. Esta condição leva a sofrimento significativo e ao prejuízo pessoal, familiar, social, educacional ou ocupacional

Para ser feito um diagnóstico, o padrão de comportamento negativo tem de durar pelo menos um ano.

 

Texto: Sandra Alves

Foto: Diana Quintela/Arquivo Global Imagens