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Lembrar o Fascismo e o Antissemitismo para que não voltem mais

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A 9 de novembro assinala-se o Dia Internacional Contra o Fascismo (ideologia política marcada pelo poder ditatorial do governo e pela repressão da oposição por via da força) e o Antissemitismo (atitudes de hostilidade e de rejeição dos judeus) – dois fatores que estiveram na base da Segunda Guerra Mundial (1939-1945), que todos devemos combater para evitar que os horrores do Holocausto acordem de novo.

Eis algumas propostas de leitura e de filmes que abordam o tema da perseguição aos judeus durante a Segunda Guerra Mundial:

 

O Rapaz do Pijama às Riscas, de John Boyne

É uma história de amizade improvável e de inocência entre o menino alemão, Bruno, e um rapaz judeu da mesma idade, Shmuel, em plena guerra.

O fosso entre o mundo de ambos não podia ser maior: Shmuel está preso num campo de concentração, onde é obrigado a vestir um uniforme identificativo todo às riscas; já Bruno é o filho do comandante desse campo e vai viver ali para perto com a família, numa casa confortável, mas vedada por uma proteção de arame farpado, onde se sente isolado e sem ninguém com quem brincar. Espreitando por uma janela, apercebe-se que, do outro lado da vedação, há pessoas que parecem andar sempre com pijamas às riscas (ele desconhecia que os judeus eram obrigados a vestir-se assim). Um dia, aventura-se a aproximar-se da vedação, a observar as rotinas daquelas pessoas, acaba por começar a falar com Shmuel e até conseguem brincar, separados pela barreira.

Os laços de amizade entre os meninos vão-se reforçando e os encontros no arame farpado acabam por levar um Bruno curioso a querer conhecer um pouco mais daquele sítio proibido e diferente onde vive o seu amigo.

Filme (adaptação do livro) – O rapaz do pijama às riscas
Realizador: Mark Herman, 2008
Elenco: Asa Butterfield, Zac Mattoon O’Brien, Domonkos Németh

 

O Número das Estrelas

 

Esta narrativa é mais um exemplo de como a solidariedade é possível, mesmo em tempos de guerra.

Annemarie é dinamarquesa e vive em Copenhaga, em 1943. É ela que nos conta a história na 1.ª pessoa.

Vive-se mal, com falta de alimentos e temor perante a presença constante e ameaçadora de soldados nazis nas ruas. Estas tropas têm como missão prioritária “caçar” o máximo de judeus e deportá-los da Dinamarca e algumas famílias tentam escondê-los para os salvar da morte certa. Então, os pais de Annemarie acolhem uma menina judia, Ellen, a melhor amiga de Annemarie, e fingem que ela é sua filha também. Tudo corre bem, mas chega o dia em que a situação se torna demasiado perigosa. Há que agir para salvar Ellen, a sua família e os outros judeus em risco de vida, com a ajuda da Resistência dinamarquesa na clandestinidade, fazendo-os atravessar o mar até à Suécia.

Heroísmo, ação, suspense e emoção não faltam neste livro!

 

O Número das Estrelas
Autoria: Lois Lowry, 2016
Ficção juvenil (10-14 anos)
Ed. Booksmile

 

Quando Hitler Roubou o Coelho Cor-de-Rosa

 

Esta história foi inspirada na vida da própria autora e aborda os tempos da Segunda Guerra Mundial com algum humor, a começar pelo título invulgar.

Em 1933, Anna tem nove anos e nem repara nos primeiros sinais ameaçadores do que aí vem: pelas ruas de Berlim, andam a espalhar cartazes políticos com a suástica nazi e a fotografia de Adolf Hitler, o homem que muito em breve provocará a guerra. Ser judeu, pensa ela, é apenas algo que natural, porque os pais e avós são judeus. De repente, chega o dia em que o pai de Anna desaparece inexplicavelmente. E, pouco tempo depois, ela e o irmão, Max, são levados pela mãe às escondidas para fora da Alemanha, deixando para trás a sua casa, os amigos e os amados brinquedos. Alcançam a Suíça, a família consegue reunir-se e nova aventura começa.

 

 

Quando Hitler Roubou o Coelho Cor-de-Rosa
Autoria: Judith Kerr, 2015
Ficção para jovens
Ed. Booksmile

 

A rapariga do casaco azul

 

Estamos em 1943, Amesterdão e a Europa estão mergulhadas no domínio nazi. Hanneke tem 18 anos e anda todos os dias à cata de bens que são deixados nas ruas pelas pessoas em fuga para os vender no mercado negro. É a lei da sobrevivência e só isso lhe interessa: chocolate, café, roupas, tudo serve para vender e fazer algum dinheiro. Hanneke tornou-se uma jovem implacável e calculista num mundo devastado por uma guerra que lhe roubou a vida e os sonhos.

Até que um dia, uma das clientes do mercado pede-lhe que descubra Mirjam, uma rapariga judia que havia estado escondida em sua casa. Ela só sabe que, no dia em que desaparecera, Mirjam vestia um casaco azul. Hanneke deixa-se levar pela curiosidade e pela adrenalina do perigo e decide procurá-la. Só que nessa busca, toda a sua fria personalidade e instintos de calculismo vão ser postos em causa e ela recuperará uma parte de si que julgava adormecida: o lado da solidariedade e da abnegação.

Uma história poderosa e envolvente. Um olhar sobre a cidade onde Anne Frank viveu e onde escreveu o magnífico Diário de Anne Frank e sobre a força daqueles que, com pequenos gestos, lutaram contra o terror nazi.

A rapariga do casaco azul
Autoria: Monica Hesse, 2017
Ficção para jovens
Ed. Booksmile

 

Estas sugestões e muitas mais fazem parte do Plano Nacional de Leitura e enquadram-se no documento Recomendações para o Ensino e a Aprendizagem sobre o Holocausto, preconizadas pelo Ministério da Educação para as escolas portuguesas, de acordo com as diretrizes da International Holocaust Remembrance Alliance (IHRA), aliança internacional da qual fazem parte 34 países, incluindo Portugal.

 

Texto: Maria José Pimentel