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Mathina, a jovem que ensina Matemática

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Numa terra chamada Platónia há diferentes mundos onde convivem dragões, feiticeiros, piratas e criaturas desconhecidas. Lá vive Mathina, uma menina que quer trazer a magia da terra encantada para, com ela, todos aprenderem Matemática. É verdade: a fantasia e a ciência dos números juntaram-se e construíram uma experiência digital com muitos enigmas e entretenimento à mistura.

O projeto Mathina, homónimo da personagem principal, apresenta variadas ferramentas educativas digitais, tendo como principal objetivo divulgar a Matemática através de histórias e desafios. É um projeto Erasmus+, ou seja, desenvolvido em parceria por entidades de diversos países europeus, que pretende complementar a formação escolar dos alunos. “São conteúdos que fundem o ensino formal e não-formal da Matemática”, resume Ana Cristina Oliveira, coordenadora do projeto em Portugal.

Mathina, a personagem principal, e o irmão, Leo, aparecem em todas as histórias e são os guias para a viagem pela terra de Platónia. Existem quatro mundos diferentes, associados a quatro temáticas da disciplina: simetria (Feira da Simetria), geometria (Pássaros do Fogo), criptografia, ou seja, a codificação e descodificação de mensagens (Ilha do Corsário) e a lógica (Cidade Logi). Cada mundo tem histórias adaptadas a todas as idades, dos quatro aos 19 anos.

O Mathina, traduzido em quatro línguas, além de disponibilizar material formativo a pais e professores, consiste em conteúdos didáticos digitais, com diversas imagens, ilustrações, jogos e vídeos que procuram ensinar a Matemática “de uma forma menos convencional”, explica Ana Cristina Oliveira, da Atractor, associação portuguesa responsável pelo desenvolvimento do projeto, juntamente com quatro outras associações europeias.

O objetivo é os conteúdos serem utilizados tanto em casa como em ambiente de sala de aula. Apesar de não seguir o currículo escolar e de dar a conhecer “um lado diferente da matemática”, a coordenadora aponta três finalidades. “Para pais e filhos aprenderem juntos em complemento às tarefas escolares; para professores, como ferramenta didática que pode ser utilizada nas aulas; ou para jovens curiosos que queiram divertir-se e aprender de forma autónoma”, enumera.

Ana Cristina Oliveira salienta que “o projeto foi lançado há pouco tempo e, por isso, ainda está numa fase divulgação”. Mas, garante, o objetivo será continuar a produzir materiais complementares aos já existentes.

A Atractor é uma associação de divulgação da Matemática ligada à FCUP, à Universidade do Porto, à FCTUC, à Universidade de Aveiro, à Associação de Professores de Matemática e, ainda, à Sociedade Portuguesa de Matemática. É responsável por eventos, exposições e atividades diversas, tendo uma forte aposta na vertente virtual. “Queremos conseguir atrair as pessoas para a Matemática, não centrada só na escola, mas também fora dela”, afirma Ana Cristina Oliveira, focando a abordagem inovadora que todos os conteúdos produzidos procuram ter.

Texto: Sara Sofia Gonçalves