São pequeninos, à luz do dia até passam despercebidos, mas durante a noite irradiam uma luz brilhante e tão característica que os tornam seres únicos e especiais.
Os pirilampos são insetos que parecem desenhados à mão pela natureza e quando se mostram, sem ponta de sol por perto, transformam o seu habitat num cenário iluminado com pisca-piscas por todo o lado. O Parque das Ribeiras do Uíma, em Fiães, Santa Maria da Feira, tem passeios ao luar programados para observar estes bichos que voam e brilham.
Há todo um mundo mágico por conhecer e explorar. As próximas visitas estão marcadas para os dias 28 e 29 deste mês, têm a duração de 90 minutos e são restritas a grupos de 30 pessoas.
Junho é a época dos pirilampos, o mês perfeito para a observação noturna desta espécie que tem o poder de produzir luz através de um processo com uma certa complexidade que se dá dentro e fora de si.
Luciferina é o nome de uma substância que os pirilampos produzem. Este composto oxida, reage com o oxigénio, surge uma outra substância que perde energia e que dá o tal brilho visível sobretudo na parte inferior dos segmentos abdominais e, em alguns casos, na cabeça dos pirilampos.
Essa espécie de “lanterna” que apaga e acende é bonita de se ver e tem várias funções. A luz assusta e afasta os inimigos, os predadores, e atrai o sexo oposto, facilitando assim a reprodução. Vaga-lume é outro nome dado a este inseto que se alimenta de caracóis e lesmas.
Ver animais que brilham no escuro, no seu habitat natural, é um momento único. O Parque das Ribeiras do Uíma tem passeios ao luar para observar pirilampos com um rio por perto e uma extensa área verde à volta.
Também há explicações para ficar a saber características e comportamentos deste grupo peculiar de insetos e, ao mesmo tempo, perceber quão importante é respeitar e preservar lugares naturalmente ricos em fauna e flora e com paisagens exclusivas. Até porque é fundamental manter e respeitar o mundo dos pirilampos e de outros animais que ali coabitam, sem colocar em causa as condições necessárias ao ar que respiram. Ou seja, à sua sobrevivência. São passeios ao luar com uma componente didática.
Texto: Sara Dias Oliveira