O futuro tem robôs e casas voadoras

O futuro tem robôs e casas voadoras

Como será a vida em 2050? Quinze alunos do 4.º ano da Escola Básica n.º 1 de Santa Maria da Feira imaginam um Mundo bastante tecnológico. Onde os desejos se concretizam.

 

Tudo elétrico e tecnológico. Robôs para tudo e mais alguma coisa, comida que aparece com o pensamento, que sai de uma impressora, sempre com o melhor sabor. Não há dietas porque os alimentos não emagrecem nem engordam. Escolas com patins e sem mochilas. Carros voadores, veículos comandados por voz, autocarros automáticos, transportes que deslizam à velocidade da luz (tudo sem fumos para não poluir o ambiente). Cães domesticados e computadores competentes para assumir as tarefas profissionais. Vontades que se tornam realidade com um estalar de dedos. Quinze alunos do 4.º ano da EB n.º 1 de Santa Maria da Feira espreitaram 2050 e contam, com muita imaginação, como será o futuro daqui a 30 anos.

 

Escolas

 

Gabriel Costa, de nove anos, vê um futuro mais facilitado. “Patins elétricos para andar à volta do campo da escola sem fazer esforço e jatos para voarmos.” Constança Silva, nove anos também, fala em “aparelhos eletrónicos para estudarmos, para podermos pesquisar as respostas no Google, e robôs a vigiar as crianças nos jogos”. Para não haver faltas. Não haverá mochilas às costas, segundo Margarida Oliveira, de nove anos. Tudo condensado num tablet. Laura Silva, de nove anos, sonha com mais materiais para Educação Física.

 

Transportes

 

Eva Sousa, nove anos, vislumbra carros elétricos, pequenos por fora e com muito espaço por dentro, “muitos assentos, dez ou mais”, e a parte da frente é um cockpit de avião. Ana Filipa, de nove anos, imagina carros que encolhem e esticam. Luísa Pereira, nove anos, quer volantes que conduzam sozinhos e desejos que se escrevem num tablet e se transformam em realidade – como um copo de água ou gelados, nas viagens de automóvel. “Helicópteros para todos, carros voadores e os aeroportos deixam de existir”, diz Rodrigo Pais, de nove anos. Santiago Cardoso, de oito, gostaria de ter aviões “com menos turbulência”.

 

Alimentação

 

Rafael Soares, de nove anos, tem a certeza de que em 2050 haverá “comida imprimida em 3D”. Gabriel Costa também quer maquinaria, ou seja, “tecnologia para a comida caminhar até à nossa boca”. Gabriel Cunha, de nove anos, idealiza “um cubo que se transforma em tudo o que queremos comer”. E que depois volta a ser cubo, um cubo que nunca acaba. “Um químico para a comida não ficar podre e com bolor”, sugere Estrela Silva, de nove anos. Rebeca Carvalho, nove anos, acrescenta mais futuro: “Comida com asas para vir do supermercado até casa”.

 

Habitação

 

Piscinas aquecidas que se limpam sozinhas é o desejo de Rebeca Carvalho. Casas com rodas, segundo Margarida Campos, de nove anos; que não serão de pedra, mas feitas de metal evoluído, para Estrela Silva; e, para Rodrigo Pais, casas no Espaço que são naves espaciais. Gabriel Cunha concebe “parques aquáticos com 300 metros de altura” e casas mais baratas “a mil euros”. Margarida Oliveira quer que sejam altas, tão altas, para dar saltos no céu.

 

Trabalho

 

Tudo, ou quase, a cargo da maquinaria. Robôs para substituir médicos e enfermeiros nos hospitais, exceto nas consultas, para Rebeca Carvalho. E robôs que fazem calças de ganga também. As máscaras podem estar para durar e Margarida Campos vê robôs a fazer esse adereço a mil e uma cores para proteger das doenças que ainda vão aparecer. “Computadores que fazem tudo”, atira Gabriel Cunha. “Os cientistas vão domesticar os cães para fazer roupas”, adianta Estrela Silva. E tudo o mais que os humanos não querem fazer.

 

 

Texto: Sara Dias Oliveira
Foto: Maria João Gala /Global Imagens