Os feriados são bons. Mas sabes porque existem?

Os feriados são bons. Mas sabes porque existem?

Já nem deves precisar de olhar para o calendário para identificar aquelas datas mágicas em que, por norma, todos ficamos em casa. São 12, no mínimo. Divididas entre celebrações históricas e outras de origem religiosa. Espreita e vê se te tinha escapado alguma.

 

Aproxima-se mais um daqueles dias em que os alunos não têm escola e os adultos, na grande maioria, não vão trabalhar. A 1 de dezembro há feriado civil nacional. Assinala-se um feito com grande significado histórico para Portugal. Como esse há outros quatro. E há ainda sete feriados religiosos. Fica a saber tudo sobre estas datas especiais.

 

Como nasceram os feriados?

 

Há muito que existem dias de descanso para festejar algum acontecimento relevante. Em Portugal, na sequência da Restauração da Independência (1 de dezembro de 1640), as Cortes de Lisboa de 1641 aprovaram que esse dia deveria ser celebrado com um “Te Deum”, um hino cristão usado em eventos solenes de ações de graças, em todas as sés do país. Os feriados enquanto dias de descanso para celebrar acontecimentos cívicos foram gradualmente sendo instituídos. Começando na Monarquia Constitucional, pelos finais do século XIX, e acabando em 1977.

 

Quais são os “civis”?

 

Os cinco feriados civis nacionais são: o 25 de Abril, dia em que se comemora a Revolução dos Cravos que marcou o fim do Estado Novo, em 1974; o 1.º de Maio, o Dia do Trabalhador, uma homenagem que remonta a 1886, quando trabalhadores fizeram greve em Chicago por melhores condições de trabalho, inspirando outras ações idênticas por todo o Mundo; o 10 de junho, oficialmente Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas, utilizado para relembrar não só os feitos passados, como os milhões de portugueses que vivem fora do país natal; o 5 de outubro, que celebra a Implantação da República Portuguesa em 1910, que pôs fim à monarquia; e o 1 de dezembro, que assinala a Restauração da Independência de Portugal em 1640, acabando com 60 anos de domínio espanhol.

 

E quais são os “religiosos”?

 

São os restantes sete. A 1 de janeiro assinala-se o primeiro dia do novo ano civil e a festa mariana mais antiga do Ocidente, comemorada desde o século VI: o Dia da Solenidade de Santa Maria. É também o Dia Mundial da Paz. Já o feriado da Sexta-Feira Santa é móvel. Ou seja, não se realiza sempre no mesmo dia do ano – assinala o dia da morte de Cristo. O feriado do Corpo de Deus também é móvel: acontece na quinta-feira seguinte ao domingo da Santíssima Trindade. O 15 de agosto celebra a Assunção de Nossa Senhora (a solenidade que a Igreja Católica dedica à elevação de Maria em corpo e alma para junto de Deus). O 1 de novembro é o Dia de Todos os Santos (alusão a santos e mártires católicos cristãos). O 8 de dezembro, o feriado religioso que se aproxima, é o dia da Imaculada Conceição (rainha e padroeira de Portugal e de todos os Povos de Língua Portuguesa). E por fim, o Natal, que simboliza o nascimento de Jesus, a 25 de dezembro.

Texto: Filomena Abreu