Nem todos os lobos são o lobo mau

Como é que podes distinguir o lobo ibérico das outras espécies? Qual é a forma mais simples de recolher informação sobre a presença desse animal num dado território? Todos os lobos são o “lobo mau”?

Se quiseres saber as respostas para essas e outras questões, relacionadas com o habitat do lobo ibérico, podes ir à Casa da Biodiversidade, em Castanheira (Paredes de Coura). O espaço abriu a 8 de fevereiro, no âmbito do projeto “O lobo e o Homem”, que quer mudar mentalidades relativamente a essa espécie.

Há quatro anos, quando entrámos para a Câmara, fizemos uma sessão de esclarecimento com a equipa de investigação do lobo. No dia seguinte, o meu filho, que na altura tinha dois anos, perguntou-me porque é que não tinha estado em casa e eu expliquei-lhe que tinha tido uma reunião sobre o lobo. Ele perguntou: ‘O lobo mau, papá?’ Isso fez-me pensar que estávamos a fazer tudo mal. É preciso mudar esta mentalidade desde a base”, explica o vice-presidente da Câmara de Paredes de Coura, Tiago Cunha.

Por isso, o projeto, promovido pela Associação Aldeia, com a articulação da Associação para a Conservação do Habitat do Lobo Ibérico, tem várias ações educativas: numa delas, que decorreu no domingo, dia 17, é o “Programa Família”, que tem vários jogos pedagógicos. Para escolas e outras entidades educativas, também é possível, por marcação, visitar uma coleção de painéis e um documentário feito sobre o projeto “O lobo e o Homem”, para integrar a exposição “Green Savers” da UNESCO. Esquece lá o lobo mau.

 

Texto: Ana Tulha