Há alimentos com uma elevada concentração de nutrientes que se chamam “super” pelos benefícios que têm para a saúde. Alguns podes nunca ter comido, mas outros conheces bem. O truque é saber escolher o que chega ao prato e ter uma superalimentação.
Açaí (fruto), spirulina e clorela (algas), maca (raiz), chia (sementes), couve pak choi… Há uma série de alimentos oriundos de outros países que são conhecidos como superalimentos. Não faltam livros e sites a destacar o bem que fazem, sendo considerados um escudo protetor de doenças, como alergias e asma. Porquê? Porque concentram uma grande quantidade de nutrientes – vitaminas, minerais e antioxidantes – e basta ingerir pequenas quantidades para terem benefícios para a saúde. Muitos vendem-se em pó e consomem-se na medida de uma colher de café. Mas, afinal, são mesmo assim tão super?
“Têm vantagens mas também limitações nutricionais”, diz o nutricionista João Rodrigues. Na sua opinião, o rótulo de superalimentos é “perigoso” pois “dá uma ideia errada de que são quase suficientes para uma alimentação equilibrada, como se fosse milagroso e já não é preciso mais nada”. Para o autor do livro “Duelos de alimentos” e do blogue Mundo da Nutrição, “essas potenciais vantagens dos alimentos dependem muito do resto da alimentação e do estilo de vida. Por exemplo, o que interessa comer açaí se depois tiver uma alimentação muito desregrada, se tiver um estilo de vida sedentária ou se for fumador?” João Rodrigues aponta antes para o “conceito de superalimentação como se fosse um puzzle que tem de ser montado com alimentos nutricionalmente interessantes e o resultado final ser super”.
Além daqueles frutos, algas, raízes e sementes que podes nunca ter provado, há outros igualmente “super” que bem conheces. Tendo em conta que estás a crescer, que estudas e gastas energia a brincar e fazer desporto, João Rodrigues sugere os seis alimentos que vês nesta página e que deves ter no prato com regularidade, para o bom funcionamento do ossos, cérebro e sistema imunitário. “O truque é variar.”
Texto: Sandra Alves