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Os transportes e a pegada carbónica. Que contas são estas?

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O funcionamento do carro, do autocarro e do comboio, do avião e do navio, causa impactos no ambiente e, por arrasto, na vida de todos nós. Tudo conta: do combustível ao tempo de cada viagem. E já não basta pensar no assunto. É preciso agir.

Um cálculo, vários fatores

A pegada carbónica dos transportes mede-se pelas emissões de dióxido de carbono (CO2) por pessoa ou empresa, meio usado e tudo o que envolve uma viagem, desde combustível, bateria do telemóvel, energia e alimentação, a bens e serviços associados. É uma forma de avaliar o impacto ambiental das atividades humanas e pensar em temas importantes como a redução de gases de efeito estufa, energias renováveis, práticas agrícolas sustentáveis ou eficiência dos processos industriais.

 

CO2

Fórmula química do dióxido de carbono, composto formado por moléculas constituídas por átomos de carbono ligados a dois átomos de oxigénio. À temperatura ambiente, apresenta-se no estado gasoso. No ar, é transparente à luz, só que absorve radiação infravermelha e atua como um gás de efeito estufa. E, atenção, pois a queima de combustíveis fósseis é a principal causa das suas concentrações na atmosfera e das alterações climáticas.

 

Distâncias e opções

A escolha de um meio de transporte deve ter em conta a distância a percorrer. O comboio é uma das opções mais ecológicas para médias e longas distâncias. O ferry também. Para deslocações domésticas, mais curtas, é preferível usar o carro – e, quando possível, o sistema de boleias. Ou então, o autocarro. Quanto mais passageiros, menos consumo por pessoa, mais combustível que se poupa. O avião é dos meios mais adequados em países grandes, como o Brasil e os EUA. E a bicicleta não é conveniente em todos os territórios, até pelo piso e pelas irregularidades do terreno.

 

E o futuro como será?

Coletivo, dizem. O futuro do ambiente passa por menos carros nas ruas, automóveis elétricos e híbridos, e pela utilização de transportes coletivos. Por isso, os olhares focam-se em autocarros, comboios, ferrys. São mais baratos para o passageiro, mais amigos do ambiente, transportam mais gente e poupam nos consumos. Há investimento a longo prazo a pensar nos tempos que virão, na melhoria técnica, na performance, no respeito ambiental, no conforto e na segurança. Nesse futuro, quer-se menos trânsito, mais espaço para passear na rua, mais zonas pedonais, menos gases poluentes, melhor qualidade do ar. Descarbonizar é o objetivo.

 

Os combustíveis fósseis vão passar de moda?

Parece que sim. Quem estuda estas matérias, e olha lá para frente, vê que os automóveis, em 2050, circularão a eletricidade. Gasóleo e gasolina podem ter os dias contados, depois de tantas críticas como grandes inimigos da atmosfera e maiores aliados da poluição. Nesse 2050, as baterias serão mais leves e terão mais autonomia.

 

Manutenção em dia, condução eficiente

Há maneiras de diminuir a pegada carbónica de um carro que não seja híbrido ou elétrico. Manutenção do veículo em dia, filtros do ar e do óleo como mandam as regras, velas em condições, pneus com pressão indicada, nível de água no ponto. Estas são algumas dicas. Há mais. Condução eficiente, velocidade constante, nada de travagens ou acelerações bruscas, não abusar do ar condicionado. Partilhar o carro e estudar trajetos para evitar voltas desnecessárias são também formas de poupar consumos e proteger o ambiente.

 

Texto: Sara Dias Oliveira
Ilustração: Freepik.com