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Quando eu era pequenin@ / Afonso Vilela

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Aos 51 anos, Afonso Vilela mantém o espírito aventureiro de sempre, embora agora a vida não lhe permita fazer as coisas como quando era criança. “Em pequeno, queria ser bombeiro.” E a justificação é simples: “Pensava que era uma profissão em que se ajudava as pessoas – continuo a pensar e a agir como se fosse bombeiro -, depois fui crescendo e quis ser um monte de coisas novas e diferentes. Acho que mudava todos os dias”.

“Sempre fui aventureiro”, reconhece o ator e modelo, recuando até “outros tempos” em que todas as crianças viviam “na rua”. “Partia a cabeça com tanta frequência, que já sabia tirar os pontos sozinho em casa.”

Em cima da prancha de surf, Afonso tem no mar um escape entre compromissos profissionais. Foi aos 13 anos que começou a surfar com colegas de turma. “Fomos a segunda geração de surf em Portugal. Carcavelos era a capital do surf do país. Sabíamos de cor quem eram todos os surfistas da praia e conseguíamos identificar as pranchas e fatos de cada um”, conta.

Com carreira na moda, Afonso Vilela assume que foi “por acaso” que acabou no meio. “Fui ‘angariado’ à pressa para um desfile em que faltou um dos modelos. A coreógrafa era cliente do ginásio, que era o negócio da minha família, e foi lá buscar-me. Depois disso, inscrevi-me nas poucas agências que já existiam, nenhuma de modelos, essas só apareceram uns anos mais tarde”, relembra. A representação aconteceu quase em simultâneo, “através da extinta Telecine, que criava conteúdos para a RTP”. “Prossegui os meus estudos até à Faculdade de Arquitetura e, ao mesmo tempo, fui fazendo outras formações na área da representação, no Chapitô, ACT. E o trabalho foi aparecendo, até que me profissionalizei.”

Em cena até ao passado fim de semana com a peça “Um novo amanhã”, o artista vai parar para ser operado. “Fico apenas a fazer trabalhos de voz até janeiro”, revela, assumindo-se otimista com os desafios televisivos para 2022. À conta da cirurgia, também o desporto outdoor que tanto aprecia vai ter de esperar.

Atualmente, Afonso Vilela está no 1.º ano de Ciências da Comunicação na Universidade do Minho, porque acredita que a “formação e educação nunca são de mais” e quer obter ferramentas para poder dedicar-se “mais à criação de conteúdos”.

Texto: Sara Oliveira