Foi o primeiro par de gémeos a dar nas vistas na moda nacional e – apesar de os manos já terem 40 anos – continua a dar cartas no meio.
Vinte e dois anos passaram e, mesmo com filhos e vidas independentes, Pedro e Ricardo Guedes continuam muito unidos. Embora com menos frequência, protagonizam editoriais juntos e até pisam, lado a lado, a passarela. “Vamos estar sempre ligados à moda, pois há mercado em todas as gerações. Acho que ainda vamos trabalhar mais agora que estamos mais velhos. No início, era mais desfiles e catálogos de miúdos sem barba, e agora é para um nicho mais adulto como perfumes ou bancos”, diz Pedro. O irmão “tem trabalhado com clientes de Espanha, Suécia e Noruega”, enquanto ele vai dando “algumas dicas sobre vida saudável e exercício físico, a par da moda”.
Em miúdos eram “irrequietos e muito hiperativos, ou melhor, dois piratas, mas sempre muito educados e respeitadores”, garante Ricardo. Desses tempos, recordam que “até aos 16 anos” vestiram sempre de igual, andaram na mesma turma e gostavam de fazer as mesmas coisas.
A cumplicidade fez-se notar ainda no tempo em que eram bebés e foi usada, mais tarde, quando trocaram identidades, revela Pedro: “Agora que já prescreveu, posso dizer que o Ricardo fez um teste de Físico-Química por mim e mais tarde, estávamos em Milão, eu fiquei doente e ele foi fazer um desfile no meu lugar. Chamaram-lhe Pedro o tempo todos e ele não respondia. Só depois se lembrou”. Partidas que as fotografias no arquivo não denunciam, mostrando antes a doçura dos traços de infância.
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Texto: Sara Oliveira