Em janeiro, Telma Madeira classificou-se no top 16 do concurso Miss Universo, a melhor posição alguma vez alcançada por uma representante portuguesa. “Um sonho tornado realidade” anos depois de ter sofrido bullying na adolescência.
Aos 23 anos, a modelo da Póvoa de Varzim superou os traumas passados e com o título de Miss Universo Portugal voou até aos Estados Unidos, onde se distinguiu entre as semifinalistas em competição. O percurso nos concursos de beleza começou em 2017, com vários títulos no currículo, antes do passaporte para o cobiçado certame.
“Tímida” na infância, Telma tem atualmente a comunicação como área em que quer evoluir, se possível “em televisão”. Em criança, “nem pensava sequer em ser Miss”. Nessa altura, “sempre me fascinou o lado da criminologia. Queria ser médica-legista. Todos os meus colegas ficavam a olhar para mim quando o dizia”, recorda.
Filha única, Telma Madeira sempre foi “muito próxima da família”. “Adorava as férias de verão, quando eu e os meus pais nos divertíamos muito”, sublinha. Mónica e Carlos Madeira viajaram até Nova Orleães, EUA, para assistirem ao Miss Universo e apoiarem a sua menina. “Foi fantástico”, sublinha Telma.
Etapa a etapa, a jovem ficou “incrédula” quando ouviu o seu nome e o de Portugal no lote de 16 semifinalistas. “Comecei logo a chorar porque foi um marco na minha vida”, confessa. A entrevista oficial foi a prova que mais gostou, por se poder dar a conhecer melhor e mostrar que não é “só mais uma cara bonita”. “Nós temos muito mais para além disso. Eu própria desenvolvi um projeto social, ‘Sê a voz da realidade’, em que tive oportunidade de viajar por todo o país e falar sobre a saúde mental”, afirma, determinada em continuar a fazer a diferença.
Foto: André Rolo / Global Imagens
Texto: Sara Oliveira
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