Recapitulando: o vírus é contagioso porque…

Recapitulando: o vírus é contagioso porque…

Agora que as aulas estão prestes a recomeçar, importa que percebas exatamente como funciona o “bicho”. Das gotículas à transmissão por aerossol, há vários aspetos importantes a ter em conta. Até para não te desleixares nos cuidados a ter.

Meio ano depois, vais poder finalmente voltar à escola. Mas já sabes que nada será igual, certo? Por causa do vírus, o SARS-CoV-2 de que toda a gente fala, há uma série de cuidados que vais ter de seguir: desd

e estar nas aulas com máscara aos intervalos mais curtos, passando pelos circuitos definidos para entrar e sair da escola e pelas aulas de Educação Física em que os alunos terão de estar no mínimo a três metros de distância uns dos outros. No fundo, regras que pretendem ajudar a impedir, ou a minorar, a tão falada segunda vaga – ou seja, um novo pico de contágio que possa comprometer a capacidade de respostas do Serviço Nacional de Saúde a todos os que precisem de cuidados.

 

Atenção às gotículas

Ora, para perceberes melhor o que está em causa, é importante que recordes como é que este coronavírus se pode transmitir. Já ouviste falar das gotículas, certo? No fundo, pequenas gotas que expelimos quando espirramos ou tossimos, por exemplo. Na verdade, todos os vírus causadores de infeções respiratórias se transmitem através delas. A questão é que basta falarmos para emitirmos gotículas – aliás, estima-se que uma pessoa emita mais de mil gotículas por segundo quando fala normalmente. E quanto mais alto falarmos mais gotículas emitimos. Problema acrescido: em espaços não ventilados, estas gotículas vão permanecer no ar durante vários minutos, por vezes horas, formando uma nuvem que pode ser inalada pelos presentes. É a chamada transmissão por aerossol.

Preocupação acrescida 

Ora, é precisamente aqui que reside o grande desafio. Tanto que é por culpa deste tipo de transmissão que vamos assistindo a episódios em que várias pessoas que se encontram num mesmo espaço fechado são infetados num curto espaço de tempo. Seja em fábricas, lares ou festas. É que se as transmissões através do contacto físico direto (quando tocas num objeto infetado e depois tocas com essa mão na boca ou nos olhos) e das gotículas grandes que emitimos pela tosse ou pela fala têm sido muito reduzidas graças aos cuidados que temos adotado – lavar as mãos regularmente, desinfetar superfícies, usar a máscara – a transmissão por aerossol continua a ser o cabo dos trabalhos. Mais uma razão para cumprires cuidadosamente todas as regras que te esperam no regresso às aulas.

Texto: Ana Tulha