Quando o ténis de mesa é o desporto rei

Quando o ténis de mesa é o desporto rei

Este fim de semana, estiveram em competição 98 atletas de palmo e meio, no Campeonato Nacional Individual de Infantis de ténis de mesa, em São João da Madeira.

 

 

Não escolheram futebol ou ballet, preferiram antes bater a bola de um lado para o outro da mesa. Como faz o Marcos Freitas, que veem na televisão enquanto sonham ser como ele. A maioria agarrou na raquete depois de ver os pais, primos ou amigos jogarem. E se a pergunta é o que querem ser quando forem grandes, a resposta está na ponta da língua: jogadores profissionais de ténis de mesa.

 

Pedro Marques, 11 anos, Funchal – 1º de Maio

Costumava ver os meus colegas na escola a jogar, veio-me à cabeça experimentar e adorei. Sempre achei engraçado andar com a bola na mesa de um lado para o outro. O meu ídolo é o Gonçalo Gomes, que joga no meu clube. No ténis de mesa estamos sempre a melhorar, há sempre novas coisas a aprender. É preciso tempo para nos tornarmos profissionais, mas é isso que quero fazer.

 

Susana Costa, 10 anos, Barcelos – Casa do Povo de Alvito

Os meus pais, o meu padrinho e o meu avô jogavam e eu gostava do que eles faziam. Comecei a treinar aos 5 anos, e aos 6 já jogava em torneios. Os meus pais são os meus treinadores. É preciso muito treino para ser uma boa jogadora. Na escola não tenho amigas que joguem ténis de mesa, mas elas não acham estranho que eu jogue e ficam felizes quando lhes digo que venci um torneio.

 

Eva Gouveia, 10 anos, Funchal – Clube Santa Teresinha

Descobri o ténis de mesa na escola, já costumava levar raquetes no 1º ano para jogar nos intervalos. Um dia, experimentei com uma amiga minha e gostei tanto que a minha mãe inscreveu-me no clube. Comecei a ver provas, a jogar e a melhorar até que o professor disse que já podia competir, porque já sabia jogar bem.

 

Afonso Queirós, 12 anos, Vila Real – CCR Arrabães

Jogo desde os 7 anos. Comecei por ir assistir a alguns torneios, porque todos os meus primos jogavam, e acabei por me entusiasmar com isto. Tenho dois grandes ídolos. O Ma Long, jogador chinês, e o Marcos Freitas, português. Sempre que vejo os Opens penso para mim que, um dia, quero ser como eles. O ténis de mesa faz-me sentir feliz e quero ser profissional. É por isso que pratico todos os dias.

 

Júlia Leal, 9 anos, Ilha Terceira, Açores – GDCS Juncal

 

Jogo ténis de mesa há quatro anos. Precisava de um sítio para ficar enquanto a minha mãe estava no trabalho e ela inscreveu-me. É preciso aprender os movimentos e é um jogo em que temos que pensar. O ténis de mesa é mais giro do que tudo o que fiz até agora, por isso é que é especial. Quando for grande quero ser jogadora profissional. Quero ser como a Tatiana Garnova, que joga no meu clube.

 

Francisco Miranda, 11 anos, Funchal – 1º de Maio

Antes de entrar no ténis de mesa, jogava futebol. Mas magoava-me muito e não gostava tanto por ser um jogo de equipa. O ténis de mesa é mais individual, que exige ter cabeça e fazer bem os movimentos. Há quatro anos decidi experimentar porque a minha irmã já jogava e logo na primeira vez que vim jogar ao Continente fiquei em terceiro lugar. Leva tempo a apurar a técnica, mas gosto muito disto.

Fotos: Tony Dias/Global Imagens