Por estes dias foi notícia um caso de bullying entre alunos da Escola Básica Dr. António Augusto Louro, na Arrentela, no Seixal, distrito de Setúbal.
Aconteceu no dia 20 de maio mas só cinco dias depois se tornou mediático quando um vídeo das agressões foi partilhado nas redes sociais.
Com pouco mais de um minuto, o vídeo começa com uma jovem a dar um murro no ombro de um rapaz, de 13 anos, que depois tentou seguir caminho, mas foi perseguido pelo grupo de alunas, ouvindo-se alguém a dizer “ele está a chorar” e “isso é ‘bullying'”.
O grupo de jovens estava junto ao passeio da Estrada Nacional 10-2, em Vale da Romeira, no Seixal, e quando o rapaz tentou fugir atravessou a estrada e acabou por ser atropelado por uma viatura, inclusive vê-se e ouve-se no vídeo o estrondo do embate.
A PSP identificou “todos os intervenientes nas agressões”.
A Procuradoria-Geral da República (PGR) informou que “os factos deram lugar à instauração de inquérito tutelar educativo” e explicou que “estão em causa factos qualificados pela lei como crime, praticados por menor entre os 12 e os 16 anos”.
Após o atropelamento, as raparigas não prestaram auxílio ao rapaz, que sofreu ferimentos ligeiros, está em recuperação e já regressou às aulas. Mas o caso podia ter sido bem mais grave.
Bullying é o uso da força física, ameaça ou coerção para abusar, intimidar ou dominar de forma agressiva outras pessoas.
O Observatório Nacional do Bullying (ONB) registou 407 denúncias em 2020, a maioria por violência psicológica dentro da escola.
Sabe mais aqui sobre bullying e cyberbullying, com as explicações e conselhos das psicólogas Ivone Patrão e Patrícia Gouveia.
Texto: Sandra Alves