E que tal uma voltinha por dentro do cérebro?

E que tal uma voltinha por dentro do cérebro?

O cérebro é o órgão que comanda a vida, o pensamento, os sonhos. É uma caixa de emoções, um armazém de informações, um depósito de recordações, um processador sempre ligado à corrente, uma fonte inesgotável de imaginação. A Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa, tem a exposição “Cérebro, Mais Vasto que o Céu”, que te mostra este órgão de vários ângulos, até em 3D.

Esta exposição revela, de diversas maneiras e cores, uma parte de um mundo que vive escondido por cabelos e caras e protegido por um crânio duro. Como será um cérebro com 500 milhões de anos? Podes ver como é. Como comunicam os neurónios e o que são estímulos nervosos? Uma instalação interativa gigante desvenda o processo. A que soa uma orquestra de cérebros robôs? Podes assistir ao concerto.

Diz-se que “o cérebro é o substrato biológico da mente”. A informação sensorial, o controlo motor, o papel do movimento, os circuitos cerebrais. Tudo importa. Memória, perceção, linguagem, emoções. A exposição tem modelos tridimensionais, infografias, atividades interativas, estudos clínicos, abordagens artísticas. Há até um algoritmo que cria uma imagem com fotografias que podes colocar nas redes sociais com a hashtag #collectivebrainx, como uma metáfora do cérebro como recetor e processador de milhões de dados e informações.

Num pulo, atravessas séculos e chegas à relação cérebro/computador que explica como a tecnologia ajuda ao nosso bem-estar. E, de repente, numa sinfonia, o teu cérebro é chamado a transformar uma paisagem sonora criada pelo músico Rodrigo Leão, sem quase dares por isso. É como uma peça musical em constante mudança. Não é belo, o nosso cérebro? Vale a pena conhecê-lo melhor.

 

Cérebro, Mais Vasto que o Céu
Quarta a segunda-feira, até 10 de junho
Galeria principal da Fundação Calouste Gulbenkian, Lisboa.
Das 10 às 18 horas (às sextas-feiras até às 21 horas).
Bilhetes entre 2,50 e 5 euros. Entrada gratuita até aos 12 anos.

 

Texto: Sara Dias Oliveira