Não é fácil viver sem bancos

Ter conta no banco não é só assunto para crescidos. Podes guardar o dinheiro que a avó te deu no mealheiro ou então numa conta júnior, que a maioria dos bancos tem para habituar os jovens a poupar. Ninguém é obrigado a ter conta bancária, mas a vida torna-se difícil para quem não tem, especialmente quando se começa a trabalhar e se quer receber um salário e ter um cartão multibanco. Se desejares viver sem conta no banco, terás de possuir dinheiro físico e andar sempre com ele para pagares as contas.

Para que servem os bancos?

A função principal dos bancos não é guardar dinheiro. Os bancos financiam a sociedade: emprestam dinheiro para investir (num negócio ou numa casa nova, por exemplo), a troco de comissões e juros, usando o dinheiro de quem fez poupanças, e oferecendo alguns juros. Depositar dinheiro no banco ajuda a Economia, pode render alguns trocos e ainda te permite obter um histórico que, um dia, te pode ajudar a pedir um empréstimo bancário.

 

Onde é que o meu dinheiro está seguro?

Os tempos recentes foram difíceis para os bancos e podes ter ficado a pensar que, de repente, o teu banco pode falir e nunca mais vês o dinheiro que lá tinhas depositado. Bem, hoje os depósitos até 100 mil euros estão garantidos, por isso não tens de preocupar-te. Seria pior se andasses com todo o dinheiro no bolso ou se o guardasses todo em casa: podias perdê-lo ou ser assaltado.

 

E se só quiser usar moedas virtuais?

É verdade que existem carteiras virtuais para guardar moedas virtuais como a Bitcoin, mas nem a carteira vai ser-te útil no dia-a-dia, nem as moedas virtuais são aceites para comprar gomas ao pé da escola. Essas moedas virtuais são criadas online para especular e não correspondem a dinheiro com valor. A maioria do dinheiro que usamos hoje em dia parece virtual – está num saldo bancário, que é movimentado por um cartão de plástico ou uma app no telemóvel, para pagar uma conta, de forma eletrónica. Mas o valor desses euros é assegurado pelo Banco de Portugal e o das moedas virtuais não tem garantias de ninguém.

 

Texto: Erika Nunes
Ilustração: Bárbara R.