Para que servem as prisões?

Também chamadas de estabelecimentos prisionais, é lá que são colocadas as pessoas que cometem crimes, para as afastar da sociedade. Solidão e tristeza são os principais sentimentos vividos por quem é condenado a cumprir pena.

É um lugar com portas trancadas, fechaduras grossas e janelas com grades que apenas permitem observar muros altos com arame farpado no topo, sem possibilidade de ver o que há no exterior. São as cadeias, que também se chamam estabelecimentos prisionais, locais onde são colocadas as pessoas que cometeram crimes, para as afastar da sociedade.

Os homens, mulheres e também menores acima dos 16 anos que roubaram, burlaram, maltrataram ou até mesmo mataram outras pessoas são num primeiro tempo detidas pelas polícias, podendo ser colocados em prisão preventiva, para se evitar fugas ou que cometam mais crimes, até serem julgadas por juízes, nos tribunais. À espera de julgamento, também podem ficar presos em casa, em prisão domiciliária, onde são vigiados por um sistema de pulseira eletrónica, amarrada à perna dos detidos. Se a pulseira é cortada ou o preso sai de casa, é ativado um sistema de alerta e as polícias passam a procurar o indivíduo.

 

Julgamento

 

Depois, já nos tribunais, são sentenciados com uma pena, que, no máximo, pode ir até 25 anos de prisão. E a partir daí é que são colocados numa das 49 cadeias espalhadas de norte a sul de Portugal, para cumprir a pena de prisão aplicada. Só saem quando termina a pena ou quando um tribunal decide que o preso já pode viver no meio da sociedade, por não ser um perigo para todos nós.

Os estabelecimentos prisionais, conhecidos pelas siglas EP, são protegidos pelos guardas prisionais, que vigiam os presos, mas também defendem as cadeias de eventuais perigos exteriores. Já houve, ao longo da história, várias tentativas de fuga de presos que tinham ajuda de cúmplices no exterior.

 

Reclusos

 

Lá dentro, os presos, também chamados de reclusos, são vigiados em permanência e têm os movimentos e a vida limitados. Têm de se levantar sempre à mesma hora, depois de terem dormido em pequenos quartos, apelidados de celas, onde são trancados a sete chaves, todas as noites. Durante o dia, podem ter algumas atividades e trabalhar, para se habituarem a ter hábitos saudáveis, na tentativa de os preparar para o regresso à vida normal, coabitando pacificamente com todos nós. A comida é péssima e o ambiente é mau porque, ao contrário da família e dos amigos que temos nas nossas vidas, ali estão pessoas que não escolhemos, muitas vezes condenadas por serem violentas. Podem ter visitas, mas são restritas e sempre sob apertada vigilância.

A solidão e a tristeza são muitas vezes os únicos sentimentos vividos nas cadeias, um local onde ninguém quer viver.

 

Texto: Alexandre Panda
Ilustração: Bárbara R.