Cerca de 120 alunos do primeiro ciclo de seis escolas de Famalicão deram asas à criatividade e imaginaram máquinas que os ajudassem em tarefas diárias. Estudantes do ensino profissional e da Universidade Lusíada concretizaram as propostas de cada uma das turmas dessas crianças.
Cada menino propôs a sua ideia e, depois, cada turma votou e decidiu qual deveria avançar. Íris, de sete anos, da Escola Básica de Louredo, em Calendário, propôs a construção de uma máquina de levar o pequeno-almoço à cama. “Eu gosto de tomar o pequeno-almoço na cama”, justifica. Mas a sugestão que avançou foi uma máquina de arrumar brinquedos.
Filipe Fonseca, professor daquela turma do primeiro ano, salientou a importância de mostrar aos alunos o mundo do ensino profissional e universitário, assim como a estimulação da criatividade.
Os pequenos criativos puderam, depois, acompanhar todo o processo até à concretização da máquina. Após desenharem a máquina, foi a vez de os alunos universitários de Engenharia Eletrónica, informática e design porem mãos à obra, trabalharem a forma e transformar a ideia num projeto concretizável.
“Os alunos universitários tiveram de fazer uma série de adaptações para que os do secundário entendessem. E tiveram ainda de saber simplificar, para explicar às crianças”, adiantou Pedro Reis, da Universidade Lusíada.
Os estudantes dos cursos profissionais de Eletrónica e Eletrotecnia procuraram materiais e construíram a máquina.
Outras maquinarias
Além da máquina de arrumar brinquedos do MyMachine, resultaram, ainda, uma máquina para distinguir os toques da escola, outra para arrumar o material escolar, uma para medir e informar sobre o ruído, outra para afiar automaticamente os lápis e ainda um colete para salvar vidas.
O MyMachine é um projeto que nasceu na Bélgica. A marca institucional é gerida pelo Parque Tecnológico de Óbidos, com o qual o Município de Famalicão tem uma parceria.
Texto: Alexandra Lopes
Foto: Pedro Correia/Global Imagens