As crianças também podem fazer greve?

As crianças também podem fazer greve?

 

De vez em quando, a escola não abre e todos têm de ir para casa porque há greve dos professores ou dos funcionários. O que é que eles querem dizer com isso? Será que as crianças também podem unir-se para organizar um protesto e faltar às aulas?

Ultimamente só se ouve falar de greves. A escola não abriu devido à greve da Função Pública, os professores ameaçam faltar novamente e os assistentes das escolas têm novo protesto marcado para 21 e 22 de março. E as crianças, podem fazer greve?

A greve é um direito de todos os trabalhadores (exceto polícias e militares), utilizado em último recurso quando não chegam a acordo com os empregadores sobre salários, condições de trabalho ou liberdade de associação (por exemplo, em sindicatos). Normalmente, os sindicatos decretam as greves e têm de avisar as empresas sobre a data de início e fim da mesma. Os trabalhadores em greve não são obrigados a ir trabalhar, mas também não recebem salário. Não podem ser despedidos ou castigados por fazê-la, exceto se estiverem obrigados a cumprir serviços mínimos e faltarem.

 

Explicamos-te as greves em quatro pontos essenciais

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    Quando inventaram a greve?


    A primeira greve terá sido em 1580 antes de Cristo, quando se construía a Grande Pirâmide de Quéops, no Egito, e os trabalhadores pararam os trabalhos porque não receberam a dose diária de alho (considerado fundamental para manter a energia e a saúde). As greves tornaram-se mais comuns depois da Revolução Industrial do século XVIII, uma vez que muitos trabalhadores tinham um único empregador e perceberam que, juntos, podiam lutar por melhorias para todos. Em Portugal, a primeira greve de que há notícia foi em 1628, com um grupo de fiandeiras do Porto.

 

Texto: Erika Nunes
Ilustração: Francisco Araújo