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As férias ainda rolam com espiões, aves e peixes

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O início da escola aproxima-se, é um facto, mas ainda cheira a férias, a verão, a dias compridos, a brincadeiras sem hora marcada. Os livros podem esperar mais um bocadinho. É tempo de continuar a espreguiçar os braços, as pernas, e de dar asas à imaginação.

Serralves, no Porto, tem museu de arte, jardins com flores, um extenso parque, e férias com oficinas lúdicas e pedagógicas. Durante esta semana, a última de agosto, todo o dia, só de manhã ou só de tarde, há programas com perguntas que buscam respostas.

Como será viajar nas asas de uma ave, no dorso de uma salamandra, ou na haste de uma semente de dente-de-leão? Os habitats naturais do Parque de Serralves estão à disposição para, numa voltinha, observares esses e outros seres que gostam de viajar. E, como cientistas a sério, é preciso levar lupas, kits de observação e de recolha de materiais. Aventuras não faltam e curiosas questões também não. O que consegues guardar na memória? Cores, cheiros, sabores, sons, texturas? É possível construir um novo lugar com vídeos, fotografias, desenhos, textos e objetos. Tudo o que anda na cabeça ajuda a criar um espaço comum, a partilhar lugares com vontades e sonhos. De manhã, à volta da memória, à tarde pelo parque, para quem tem entre seis e nove anos.

Para miúdos e miúdas dos nove aos 12 há outras propostas e missões secretas com espiões à mistura, linguagem em código, tintas invisíveis, detetores de metais e outros equipamentos estranhos. O parque tem enigmas e é preciso resolvê-los. E não é tudo. As cidades, as praias, os edifícios, os jardins, têm detalhes interessantes. Nunca é tarde para perceber isso, olhar com mais atenção, e construir paisagens a partir de pinturas, letras ou palavras, esculturas e imagens. Os pormenores do ambiente que nos rodeia merecem tratamento especial num workshop de Serralves.

No Oceanário, em Lisboa, as férias debaixo de água duram até ao início das aulas, 13 de setembro. O capitão Magalhães não tem mãos a medir e tu podes fazer parte da sua tripulação. Animação não falta. É preciso preparar o banquete das lontras-marinhas e nada pode falhar. Pode haver tempestade e tornados pelo caminho e o peixe-palhaço está com cara de caso. O Oceanário não tira férias para que possas explorar o fundo do mar, descobrir aves que sabem mergulhar, observar peixes que dançam ao som das correntes e perceber que o amor também acontece nas profundezas do oceano.
Aproveita as férias até ao último segundo, ao último fôlego, pois claro. É só escolher.

 

Texto: Sara Dias Oliveira