Uma carta registada com aviso de receção, um email com comprovativo de quem o recebeu. Há momentos em que a comunicação tem mesmo de funcionar. Dos tribunais, das finanças, dos hospitais, das escolas, dos bancos, dos serviços públicos para os cidadãos.

A rapidez do correio eletrónico

Com a globalização e a digitalização, e a internet sempre ligada, o email tornou-se uma forma de comunicação rápida, prática, funcional, sem sair de casa. Mesmo para assuntos formais, como o envio de documentos, informações e notificações de tribunais, bancos, empresas, escolas, segurança social, autoridade tributária. Seja como for, é preciso atenção e cuidado.

Um email certificado permite a quem enviou receber um comprovativo de quem recebeu, nessas trocas institucionais de extrema importância. Tudo feito de forma personalizada, via endereço de email, e legalmente válida (há toda uma gestão de dados que trata disso). O cancelamento de um contrato, uma reunião na escola, uma informação bancária, faturas para pagar, um imposto para liquidar, uma notificação para ir a tribunal. Tudo isso pode passar por um email. Mesmo informação pessoal e privada. Haja segurança a toda a prova.

Consultas e receitas por telemóvel

A informação médica tem uma nova via. E esta comunicação é muito séria porque a saúde é um dos bens mais preciosos que temos. As receitas em papel pertencem ao passado e agora chegam diretamente ao telemóvel. As consultas podem ser marcadas online e há avisos no telemóvel que têm ligação direta ao email – e já se anuncia o reforço da segurança do correio eletrónico nos telemóveis. Até porque, como se sabe, há telemóveis que se perdem, há telemóveis que são roubados. Por isso, proteger as informações desses aparelhos, que estão em toda a parte, é absolutamente essencial. Para que nada se perca e a informação chegue ao destino.

Enviar e receber comprovativo em papel

É um método mais antigo que também funciona. Uma carta registada com aviso de receção, enviada pelo correio, permite ao remetente confirmar que o destinatário recebeu. Isto porque há um papel que é um comprovativo de envio e de entrega, que é assinado por quem recebeu e enviado para a morada de quem enviou a carta. Há uma assinatura, portanto. Os tribunais costumam recorrer a esta forma de notificar os envolvidos em processos judiciais ou os seus advogados. O Estado também, seja para mandar multas de trânsito ou impostos para pagar.

Uma estratégia do ciberespaço

A estratégia nacional de segurança do ciberespaço pretende reforçar a segurança dos sistemas e das tecnologias de informação, bem como a utilização livre e eficiente desse espaço por parte de todos os cidadãos e entidades públicas e privadas. Um dos objetivos é garantir o regular funcionamento das instituições perante a evolução digital da sociedade, em que a comunicação se inclui. Se há informação e dados pessoais a navegar por redes e sistemas digitais, todo o cuidado é pouco.

Segurança ou burocracia?

As duas coisas, digamos. Se, por um lado, tem de haver regras estabelecidas para que a comunicação funcione na plenitude, os prazos sejam respeitados, e os envolvidos saibam e cumpram a sua parte, e tudo isso implique burocracia; por outro, pede-se o máximo de segurança nos meios disponíveis para que não haja assuntos importantes perdidos no meio do caminho. Por outras palavras, comunicar com o que temos ao dispor, via papel ou via digital, da forma mais eficiente para que a mensagem chegue sempre ao destino.

Texto: Sara Dias Oliveira
Ilustração: Freepik.com