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A crise na Venezuela. Sabes o que se passa?

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Nos últimos dias deves ter ouvido falar muito da Venezuela, na televisão, na rádios e nos jornais.

Este país situa-se na zona norte da América do Sul e faz fronteira com a Colômbia e o Brasil. A capital é Caracas. E em 2016 tinha mais de 31 milhões de habitantes (em Portugal somos pouco mais de dez milhões de residentes).

Na Venezuela vivem cerca de 300 mil portugueses ou lusodescendentes (filhos de portugueses que emigraram para aquele país em busca de melhores condições de vida).

Há cinco anos que a crise económica no país tem deixado a população sem acesso a alimentos e medicamentos. As prateleiras dos supermercados estão vazias e os poucos produtos que há à venda são muito caros. Por exemplo: o que a 01 de janeiro de 2018 custava um bolívar (moeda venezuelana), este ano custa 17 mil bolívares. Também os médicos se queixam que não têm medicamentos para dar aos doentes.

Estas dificuldades levaram cerca de 3,4 milhões de venezuelanos a fugirem do país (desde 2015) para conseguirem melhores condições de vida e, assim, poderem ajudar os familiares que continuam na Venezuela.

O presidente Nicolás Maduro, de 56 anos, foi reeleito em maio de 2018 num processo eleitoral antecipado que não foi reconhecido pelas principais organizações internacionais, que levantaram dúvidas sobre a transparência da eleição.

Perante o arrastar da situação de crise, e com a maioria da população a passar fome e graves problemas de saúde, o presidente do parlamento, Juan Guaidó, de 35 anos, assumiu no dia 23 de janeiro as funções de presidente interino com o objetivo de organizar eleições livres no país.

Desde então tem sido um braço de ferro: Maduro diz que a iniciativa do presidente do parlamento é uma tentativa de golpe de Estado liderada pelos Estados Unidos para o tirar do poder e invadir o país. Guaidó conta com o apoio de mais de 50 países (incluindo Portugal) e organizações internacionais e defende a entrada de ajuda humanitária urgente. Mas Maduro fechou as fronteiras para os camiões com alimentos e medicamentos não passarem. E a tensão aumenta a cada dia.

 

Texto: Sandra Alves

Foto: Carlos Jasso/Reuters