Diz-se que esta homenagem às mães vem da festa em honra de Rhea, a mãe dos deuses na Grécia, no começo da primavera.

A palavra “mãe” fez um longo caminho para chegar até nós com esta forma deliciosa que só nós, portugueses, conseguimos dizer direitinho ao usarmos bem o nosso nariz para aquele til característico – MÃE!

O caminho começou com uma língua muito antiga, o indo-europeu, origem de muitas línguas espalhadas pelo mundo. “méhtēr” era a palavra e daí, surgiu “mother” em inglês, “máthair” em irlandês, “mâdar” em persa, “mutter” em alemão e “mati” em ucraniano, por exemplo. Cá mais para o sul, deu origem a “mater” no latim e daí se formaram as palavras “madre” em italiano e espanhol, “mère” em francês e “mãe” em português. Antes de avançarmos, ficas a saber que o estudo da origem e história das palavras e da explicação do seu significado se chama Etimologia.

O Dia da Mãe é celebrado em todo o mundo, mas em datas diferentes, conforme as tradições de cada país. No Brasil, é no 2.º domingo de maio. Já em Portugal e nos PALOP (Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa) acontece sempre no 1.º domingo de maio. Mas por cá, o Dia da Mãe já foi noutra data, 8 de dezembro, por ser o dia da Imaculada Conceição. Desde a década de 1950 que era assim, até que, em meados dos anos 70, a Igreja Católica pediu para que não se misturasse a celebração das mães com a de Nossa Senhora, a “padroeira de Portugal”, e assim, se decidiu que o dia especial dedicado a todas as mães passava a ser em maio, o mês de Maria, mãe de Jesus, e no único domingo em que não há festas litúrgicas. Apesar de tudo, ainda há portugueses que continuam a festejar o Dia da Mãe a 8 de dezembro.

Certo é que é uma data para manifestarmos todo o nosso carinho e admiração pelas nossas progenitoras com gestos e ofertas simbólicas. Podemos preparar-lhe surpresas (quem não gosta?), organizar uma saída em conjunto, dar-lhe aquela prenda especial! Tantas formas para mostrarmos o quanto gostamos dela e agradecer-lhe a sua dedicação.

Aqui vão algumas dicas:

– prepara-lhe uma refeição “à tua maneira”, com aquilo que sabes que ela mais gosta e põe a mesa (não a deixes ajudar, isso não vale);

– escreve-lhe um bilhete, um poema, uma canção, uma história, imprime uma foto e esconde no meio da sua carteira para ela encontrar de surpresa;

– arruma bem o teu quarto ou outro espaço, mostra-lhe as tuas “limpezas” especiais e não a deixes fazer nada em casa nesse dia;

– convida-a para um lanche num espaço acolhedor;

– reserva bilhetes para uma sessão de cinema, escolhendo um filme do género que ela aprecia (ou teatro, ou concerto…);

– oferece-lhe um ramo de flores.

Agora, espreita esta leitura do conto “Ó Mãããeee!”, na livraria Aqui há Gato.

“Os Quatro e Meia” têm uma canção dedicada às mães: “Minha mãe está sempre certa”. Já conheces?

E o Pedro Abrunhosa também: “Para os Braços da Minha Mãe”, com Camané.

Inspira-te!

Texto: Maria José Pimentel