Greta Thunberg é a primeira vencedora do prémio Gulbenkian para a Humanidade, no valor de um milhão de euros. Foi escolhida entre 136 candidatos!

O júri explicou que escolheu a jovem ativista sueca porque ela “conseguiu mobilizar as gerações mais novas para a causa do clima”, destacando o seu “mérito, impacto e inovação”.

“Um milhão de euros é mais dinheiro do que consigo imaginar”, admitiu Greta numa mensagem vídeo.

E ela já decidiu que o prémio vai ser usado em ações de combate às alterações climáticas. Para começar, cem mil euros vão para a campanha SOS Amazonia, dedicado a ajudar as populações da Amazónia a enfrentarem a pandemia da covid-19.

E outros cem mil euros vão ser encaminhados para a Stop Ecocide Foundation, que pretende criar a figura criminal do “ecocídio” no caso de atentados em massa contra o meio ambiente e a natureza.

Nunca na história humana “uma pessoa com 16 anos conseguiu mobilizar tantas pessoas”, principalmente pelo seu uso inovador das redes sociais, que multiplicou pelo mundo inteiro o impacto do que “começou como um ato isolado”, quando Greta Thunberg, em 2018, faltou às aulas para ir para junto do parlamento sueco exigir aos decisores políticos ações concretas para combater as alterações climáticas, disse o cientista Miguel Bastos Araújo, que fez parte do júri.

Greta deverá receber o prémio Gulbenkian para a Humanidade das mãos do presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, talvez entre novembro e janeiro de 2021, devido às restrições que existem devido à pandemia de covid-19 e aproveitando um período de férias escolares.

Foto: Kenzo Tribouillard/ AFP