A Hungria aprovou, a 15 de junho, uma lei que proíbe a exibição de conteúdos que incentivem à mudança de género ou à homossexualidade a menores de 18 anos, alegando que o objetivo é proteger as crianças da pedofilia.
A aprovação da lei implica proibir os menores de 18 anos de verem filmes como “Bridget Jones”, “Harry Potter” ou “Billy Eliot”, nos quais a homossexualidade é mencionada.
Além disso, anúncios como um da Coca-Cola que mostra um casal de homens deixam de ter autorização para serem divulgados, tal como o livro “Um conto de fadas para toda a gente” – uma antologia de contos de fadas com personagens como uma Cinderela de etnia cigana ou uma Branca de Neve lésbica.
As associações de defesa dos homossexuais dizem que a lei é discriminatória.
A organização Amnistia Internacional acusa a Hungria de “copiar modelos ditatoriais que vão contra os valores europeus” e diz que a aprovação da lei constitui uma “grave restrição” à liberdade de expressão e aos direitos das pessoas.
A Hungria é desde 2004 membro da União Europeia (UE), cuja Carta dos Direitos Fundamentais proíbe qualquer discriminação com base na orientação sexual.
Texto: Agência Lusa com edição de Sandra Alves
Foto: Szilard Koszticsak/EPA