Se costumas navegar na Internet, seja no YouTube, Instagram ou TikTok, já deves ter certamente reparado num característico som, que promete marcar este verão: um grito quase tribal, “ooo-he!”, em cima de um ritmo contagiante.
A música é “Makeba”, da artista francesa Jaim, e é na verdade de 2015 – a cantora até já atuou em Portugal, com o seu álbum de estreia, “Zanaka”, e o tema chegou a ser muito popular devido a um anúncio televisivo.
Como acontece de vez em quando com fenómenos do mundo das redes e Internet, a contagiante canção teve, no entanto, um regresso surpreendente este ano, estando agora absolutamente viral.
Pensa-se que um dos pontapés de saída terá sido dado pelo comediante norte-americano Bill Hader, que no final de maio fez um TikTok com uma desengonçada coreografia, ao som da música. Quer tenha sido por isso ou simplesmente porque muitas modas das redes “pegam fogo” sem sequer se tomar o rasto, certo é que “Makeba” é já um dos temas do ano.
No TikTok, por exemplo, há inúmeras danças e mini coreografias, repetidas ou reinventadas, por pessoas de todas as idades e de todo o mundo. A tendência é transversal a todas as redes, como podes aliás espreitar num resumo aqui, dos shorts do YouTube: https://www.youtube.com/shorts/_DbHJ43JmBs
Também os factos e números dão um vislumbre da dimensão do que se passa: o tema tem já mais 5 milhões de criações com desafios no TikTok e teve 9 mil milhões de visualizações na app em apenas 3 semanas, estando também no top de praticamente todas as plataformas digitais e de streaming, incluindo o Spotify.
Inspirado numa pessoa real
“Makeba” é, na verdade, inspirado numa mulher real. Segundo o jornal norte-americano “Insider”, Jain confessou que o tema é dedicado à famosa ativista sul-africana Miriam Makeba, que era também música e cuja sonoridade terá inspirado a cantora francesa.
Makeba era também conhecida como “Mama África” e foi cantora, compositora, atriz e ativista dos direitos civis durante o auge do apartheid no seu país.
Podes espreitar o vídeo original do tema de Jain, aqui:
Texto: Patrícia Naves