Publicidade Continue a leitura a seguir

Ovos e iogurtes: quantos podemos comer?

Publicidade Continue a leitura a seguir

A Roda dos Alimentos indica as quantidades que devemos comer em prol de uma alimentação saudável. Mas ovos e iogurtes causam muita discussão. Um nutricionista dá-nos algumas explicações e dicas.

Há alimentos que sabemos quais as doses certas que devemos consumir para ter uma alimentação saudável. Mas há outros, como ovos e iogurtes, que geram dúvidas porque há quem defenda uma coisa e o seu contrário.
“Estabelecer regras rígidas para a alimentação é muito complicado”, diz o nutricionista João Rodrigues. “No caso dos ovos temos as polémicas associadas a algumas dietas da moda, que têm poder enorme nas redes sociais e as ideias são difundidas de forma muito acesa”, observa o também autor do blogue Mundo da Nutrição. “No caso dos iogurtes é por questões de desinformação quanto aos laticínios, com posições extremadas. Reconheço que apesar de ser uma mais-valia nutricional, o consumo de iogurtes não é indispensável. Mas quem não consome não deve diabolizar.”

 

Atenção à gema do ovo

 

Mexidos, cozidos, estrelados… há muitas maneiras de preparar ovos. A dúvida é saber quantos se devem comer por dia. João Rodrigues aponta um estudo que demonstrou “uma relação entre o consumo de ovos e o risco de doenças cardiovasculares”, pois “o ovo é dos alimentos mais ricos em colesterol”. O problema parece estar nas gemas.

Atualmente recomenda-se “um a dois ovos inteiros por dia, ou seja, sete ovos ou, no máximo, 14 por semana”. O nutricionista sugere “um ovo por dia, ou dois ovos dia sim, dia não.” Se um ovo mexido for pouco, o que se pode fazer é “combinar um ovo inteiro com a clara de outro ovo”. Assim, “tem mais quantidade sem aumentar a gema. A clara é fonte de proteína”.

 

Vantagem dos iogurtes no cálcio

 

Para definir a dose certa de iogurtes que devemos ingerir, João Rodrigues baseia-se na Roda dos Alimentos e recomenda “dois a três por dia”. Lembra que há outras possibilidades “como o leite e o queijo” mas frisa que “o ideal seria o consumo de, pelo menos, um iogurte por dia” e não substituir totalmente pelas alternativas. O nutricionista explica que há ganhos, como “o efeito probiótico (benéfico para o intestino), o cálcio dos iogurtes é melhor absorvido do que o cálcio presente no leite e a digestão das proteínas também é mais fácil no iogurte do que no leite”.

Mas há iogurtes e iogurtes e na hora de comprar é preciso comparar e “optar sempre pelos que têm menos gordura e o mínimo de açúcar adicionado”.

Último alerta: “Os iogurtes não são uma boa sobremesa”, garante o nutricionista, “porque o cálcio diminui a absorção de ferro que consumimos à refeição”.

 

Texto: Sandra Alves