Plástico: Vamos fazer a diferença

Plástico: Vamos fazer a diferença

Oito milhões de toneladas de plástico vão parar ao fundo dos mares todos os anos. Oito milhões (sim, leste bem). O planeta está, portanto, em perigo. E tu (sim, tu) és parte da mudança.

Substituir o plástico por embalagens e produtos mais sustentáveis entranhou-se em discursos que pedem mais respeito pela natureza. Há mil e uma razões para insistir nos cuidados a ter com o planeta. Os avisos vêm de todo o lado, sustentados em previsões e estudos de especialistas. E não se brinca com coisas sérias. Até 2050, os oceanos terão mais plástico do que peixes. Uma garrafa de plástico demora 450 anos a decompor-se. Por isso, deve-se passar a mensagem de que é preciso e possível comprar menos plástico. Não é difícil, pode ser mais barato e alegra o ambiente.

 

Higiene: do champô às escovas

 

A casa de banho pode ser uma montra de plástico. Frascos para tudo. Não precisa de ser assim. Há champôs sólidos, desodorizantes em frascos de vidro, discos de algodão reutilizáveis, esponjas naturais para esfoliar a pele, cotonetes de bambu, pasta dentífrica embalada em papel cartonado. E ainda escovas de dentes feitas de bambu, que demoram poucas semanas a decompor-se.

 

Alimentação: viva o aço e o vidro

 

Pratos de plástico, copos de plástico, talheres de plástico. É mais simples e dá menos trabalho. E quem sofre é o ambiente. Opções? Pratos de vidro, talheres de bambu ou de madeira, palhinhas de bambu ou de aço inoxidável. Garrafas de plástico podem ser substituídas por garrafas de vidro, de aço inoxidável, de silicone. Na hora do café, nada de plástico na máquina: há cápsulas reutilizáveis. Os produtos de limpeza podem igualmente contornar o plástico. É o caso dos esfregões de louça feitos com materiais reciclados (com restos de garrafas de plástico e de estofos) e embalados em papel. E na hora das compras, sacos de pano fazem um bom trabalho e não agridem o ambiente.

 

Escola: reciclar para escrever

 

Por cada ano letivo, dezenas de cadernos, milhares de folhas… e muito plástico. Papel reciclado é uma boa opção. E as canetas de plástico? Se forem recicláveis menos mal, mas há várias possibilidades. Canetas de madeira de bambu natural, envolvidas em papel, feitas de fibra de trigo, com cartão reciclado, com cortiça. E para as brincadeiras, objetos de madeira, têxteis, tecidos, materiais amigos do Planeta.

 

Vestir: atenção aos microplásticos

 

Grande parte da roupa contém fibras sintéticas, como nylon e poliéster, que, por sua vez, contêm microplásticos que vão parar ao mar. Reaproveitar roupa dos irmãos, primos, amigos, pode ser uma solução. Olhar para a etiqueta na hora da compra é aconselhável. Algodão orgânico, linho, fibras naturais, são boas escolhas. Nos pés, o calçado costuma ter solas de plástico, mas há alternativas. Cortiça, restos de pneus ou plástico retirado do mar são materiais que têm dado belas e ecológicas solas. Nos detergentes da roupa há todo um mundo de plástico, das embalagens às cápsulas que ainda não se vendem a granel. É preciso atenção e contenção para não ligar a máquina desnecessariamente. Há quem faça em casa detergente líquido para lavar roupa: com água, borato de sódio, carbonato de sódio, barra de sabão azul e branco.

 

Texto: Sara Dias Oliveira