Quando eu era pequenin@ Marta Gil: Em “miúda queria participar em tudo”

Quando eu era pequenin@ Marta Gil: Em “miúda queria participar em tudo”

Aos 36 anos, Marta Gil tem uma carreira como atriz e agora como comentadora, fruto da determinação com que deixou a licenciatura de Direito na gaveta para arriscar uma carreira na representação. Uma paixão que vem desde muito pequena. Aos dez anos, estreou-se no musical “Jasmim ou o sonho do cinema”, no palco do Politeama (Lisboa), depois de ter vencido o programa “Mini- Chuva de Estrelas”, na SIC, em 1993.

“Já na altura era aquela miúda que queria participar em tudo e acabava por entrar em todas as peças. Por alguma razão levei a escola inteira ao ‘Mini-Chuva de Estrelas’ a apoiar-me. Uma das maiores recordações que tenho é de estar sempre presente nos espetáculos da escola”, conta Marta. Nas memórias de infância, guarda ainda as brincadeiras sozinha com os bonecos: “Fazia diferentes vozes para cada um e cantava e dançava muito! Lembro-me de acordar ao fim de semana com música que o meu pai punha a tocar logo de manhã”.

As recordações de menina passam também por Alpedriz, Alcobaça, a terra do pai, onde tirou a foto que vemos nesta página. “Vou para lá desde pequena, é uma aldeia que atualmente é o meu refúgio. Tenho muitas memórias daqui porque é o local onde juntamos a família”, partilha, deixando claro o quanto é próxima dos seus.

Adulta, Marta Gil garante que abraça “qualquer desafio com o foco de dar o melhor”. Foi assim quando aceitou participar no “Big Brother Famosos” (TVI) – classificando-se em quarto lugar – e depois ficar como comentadora do reality show. “Mesmo saindo da minha zona de conforto, acho que, a cada dia que passa, aprendo com todos que me rodeiam e isso faz-me ter a certeza que estou no caminho certo! Dentro da casa é sempre o mais difícil, como comentadora o melhor a fazer é relativizar. Há dias mais difíceis do que outros, mas tento sempre passar uma mensagem positiva.”

A pandemia ensinou-a “a esperar só pelo amanhã”, a viver o presente, no qual além do papel no reality show, soma uma participação na série da Opto “Vanda”. Em standby continua o regresso aos Estados Unidos onde deixou algumas coisas. Há cerca de dois anos, viu projetos que tinha em Los Angeles traídos pela covid-19, sendo obrigada a regressar a Portugal. “Foi um murro no estômago”, pois “tinha um plano de vida a três anos”, ou seja, o prazo do visto. Só tinham passado dois anos quando o sonho americano foi interrompido. “A ficar fechada que fosse no meu país”, pensou na altura, e voltou sem hesitar.

No entanto, “os primeiros meses foram muito complicados”, pois o trabalho era uma incerteza. “Quando as coisas começaram a abrir, e percebi que não conseguia voltar para os Estados Unidos – e fiz três tentativas -, decidi que tinha que trabalhar cá.” Enquanto não surgiram oportunidades no meio televisivo, trabalhou num quiosque nas Amoreiras e começou “a disparar para todos os lados”. Os convites surgiram e é por cá que continua a vincar a sua versatilidade.

 

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