Conhecido do grande público pelo trabalho na representação, Pedro Barroso nem sempre ambicionou ser ator. Em pequeno, “queria ser fotógrafo e biólogo marinho”, recorda. Nesses tempos, era “falador, criativo e organizado”. “Adorava os amigos , a escola e a minha professora Marta”, relembra, deixando perceber uma certa nostalgia.
Da infância, o artista guarda memória do “cavalo Rodi de borracha, que era um horror”. Somam-se os restantes brinquedos e o “quarto verde”. Mas há mais, quando recua no tempo até à “ida ao Jardim Zoológico”, onde deu um beijo num golfinho, e quase ouve “as traduções entusiastas do inglês da avó Amélia”. As recordações embalam ainda “a primeira bicicleta sem travões” e as “solitárias e dolorosas viagens de autocarro”.
Mesmo ainda sem querer ser ator, Pedro gostava de se mascarar, com a cumplicidade da mãe. “Fazíamos algumas fotos palermas, para fazer de conta.… Momentos bons”, acrescenta. Pai de Santiago, de um ano, recusa comparações, descrevendo o menino como “absolutamente único, sorridente, meigo, generoso, atento ao mundo que o rodeia”.
Afastado da televisão há cerca de três anos, quando participou na novela da SIC “Golpe de sorte”, Pedro Barroso foi recentemente considerado um dos portugueses mais influentes no Instagram. “O carinho do público, dos fãs, das pessoas, é o mais genuíno reconhecimento do caminho que traçamos. Sinto-me muito, muito agradecido por isso, diariamente”, reconhece.
De resto, admite “saudades de desafios na representação e saudades da partilha de energias de todo o processo”. Por isso, aguarda por novidades no verão, até porque “a vida é uma janela de oportunidades” e também não está parado.
Os projetos paralelos – inclusive uma marca de joias – “continuam a avançar com consistência e de forma positiva”. “Empenho, determinação, foco, entre outros, são fatores importantes para que a concretização de cada projeto possa ser um êxito”, conclui, antes de se pôr à estrada para mais um Caminho de Santiago.
Texto: Sara Oliveira
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