Quando eu era pequenin@ Ivo Lucas, o “menino da mãe” cheio de talento

Quando eu era pequenin@ Ivo Lucas, o “menino da mãe” cheio de talento

Há uma semana lançou o single “Soubesse tudo”, cujas receitas das vendas digitais revertem para o Serviço Nacional de Saúde. Mesmo em quarentena, Ivo Lucas não consegue estar parado. Em casa, o artista de quase 30 anos continua a compor e a gravar, que era o que estava a fazer em estúdio antes de a pandemia se instalar.

A música é o que nos últimos tempos mais ocupa Ivo, mas foi na representação que ele se deu a conhecer aos portugueses. A participação em “Morangos com Açúcar” marcou uma geração que, “ao fim de 12 anos”, ainda se lembra da canção “M’Água ”, diz. “Com o passar do tempo e com outras personagens igualmente marcantes que tive o prazer de fazer, acabei por firmar um pouco mais o meu nome e distanciar-me do Gonçalo. Mas ainda se lembram e espero que se lembrem para sempre.” Entre os papéis mais marcantes, destaca o Sandro de “Bem-Vindos a Beirais”: “Foi uma produção de dois anos e meio, numa fase de crescimento. O projeto foi muito bem recebido pelo público, tornando-se um sucesso do horário nobre. É um projeto ao qual gostava de regressar um dia”.

Ivo Lucas entrou no conservatório aos oito anos para estudar piano, e começou a fazer teatro na escola. “Como nasci numa família de músicos (a minha irmã canta e o meu avô, Victor Gomes, foi Rei do Rock nos anos 60), a probabilidade de me distanciar do mundo das artes era muito reduzida”, reconhece.

Apesar da longa ligação ao universo musical, só há quatro anos é que Ivo começou a arriscar, quando abriu uma agência de artistas, onde tinha “um papel bastante ativo na parte criativa em estúdio de quem representava”. Nessa altura, convidado pelo rapper Piruka a compor um tema em conjunto, ganhou coragem e não tardou a lançar “a primeira canção original com o Kasha dos D.A.M.A.”. Nunca mais parou.

Na memória de outros tempos, Ivo Lucas guarda as festas de Alenquer. Tinha uns seis anos e era “menino da mãe, bem-disposto, curioso e dedicado aos brinquedos”.

 

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Texto: Sara Oliveira