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Zoo de Lisboa tem três crias de leopardo e podes escolher o nome de uma

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O Jardim Zoológico de Lisboa tem três novos leopardos-da-pérsia. O nascimento dos machos panthera pardus saxicolor foi gravado. Os zoólogos colocaram câmaras de vigilância, no interior e no exterior da instalação, para acompanharem a última fase da gravidez, que durou cerca de três meses, e o crescimento das crias.

José Dias Ferreira, coordenador do programa europeu de reprodução desta subespécie de leopardo, diz que “as crias estão saudáveis e já é possível observá-las a explorar a instalação exterior com Elin, uma excelente progenitora, muito protetora”.

Os leopardos nasceram em maio, mas só agora foram apresentados aos visitantes. O nascimento reforça um programa internacional que reintroduz animais da espécie no Cáucaso, território de onde são originários e onde ainda se encontram os últimos leopardos da Europa em ambiente selvagem.

O Jardim Zoológico e a fundação Mirpuri, que apadrinha o projeto, deram a dois dos animais os nomes Kiamaky, montanha do Cáucaso onde em 2014 houve um dos primeiros registos de reprodução de leopardos, e Amirhossein-Khaleghi, iraniano cuja vida é dedicada à conservação da espécie.

O leopardo-da-pérsia, em declínio desde os anos 1950, está classificado como em perigo pela União Internacional para Conservação da Natureza. No intuito de sensibilizar para as ameaças que enfrenta no habitat natural e para dar a conhecer a região de onde são originários, o nome da terceira cria vai ser escolhido pelos visitantes.

Foi selecionado um conjunto de três nomes nos quais se pode votar online: Zangezur e Talish, cadeias montanhosas na região caucasiana, e Noah, em homenagem a um leopardo que entre 2004 e 2009 ajudou à consciencialização para a proteção da vida selvagem.

A população de leopardos-da-pérsia tem diminuído devido à caça, ao comércio ilegal de peles e ossos e à diminuição de recursos alimentares que a espécie enfrenta. O projeto que visa a recuperação destes animais teve início em 2005 e tem sido um sucesso, uma vez que todos os anos é registado o nascimento de novas crias.

 

Texto: Bruna Sousa