Prendas, decorações, mesas fartas: a quadra festiva traduz-se, quase sempre, num aumento de desperdício e resíduos. Mas há formas de reduzirmos o impacto no Planeta. Regista ideias para próximas festas!
O equivalente a mil girafas africanas
Quando te lembras do Natal, em que pensas exatamente? No Pai Natal? Nos presentes? Naqueles doces todos em cima da mesa? Tudo certo. Mas já pensaste que há um outro lado da quadra natalícia, que tem a ver com o aumento de resíduos, com o desperdício, com o mal que fazemos ao ambiente? Para teres uma ideia, a Lipor, que é o Serviço Intermunicipalizado de Gestão de Resíduos do Grande Porto, estima (com base em números de 2018 e 2019) que no Natal a produção de resíduos de papel e cartão aumente 22%, com a produção de plástico a subir 11%. Assim em abstrato, pode não te parecer muito, mas são mais 328 toneladas de papel e cartão e mais 106 toneladas de plástico. De resto, a produção de lixo, no geral, aumenta 4%, o equivalente a mais 1283 toneladas. É o peso de cerca de mil girafas africanas. Dá que pensar, não é?
Dicas para reduzires o lixo natalício
E o desperdício alimentar?
Pois, essa é outra questão central, sobretudo quando as mesas desta quadra costumam estar a abarrotar. Aliás, há estudos que apontam para que 66% das pessoas comprem comida a mais nesta altura, comida essa que invariavelmente acaba no lixo. São dois terços da população. Por isso, deixamos-te também algumas sugestões que podem fazer a diferença para minorar o desperdício.
A saber: confecionar os pratos e os bolos em casa (para cortar nos produtos embalados); fazer uma lista de compras rigorosa; privilegiar a qualidade em vez da quantidade; recorrer mais a produtos regionais, adquiridos localmente (e se possível de origem biológica ou provenientes de redes de comércio justo); recusar utilizar pratos e talheres descartáveis.
Se ainda assim houver sobras, podes sempre tentar distribuí-las pelos vários familiares que estiveram presentes na celebração natalícia. Ou pensar em receitas que permitam reutilizá-las. A clássica “roupa velha” (também há quem lhe chame “farrapo velho”) não é mais do que isso mesmo. Mas a Internet está cheia de outras receitas com este propósito. Prepara o avental.
Texto: Ana Tulha