O Oceanário de Lisboa está de portas fechadas, não é possível visitá-lo presencialmente, mas os animais que lá habitam esperam por ti e pelo teu apoio através do computador. A nova iniciativa pretende dar a conhecer mais de perto os pinguins, as raias, os tubarões, as lontras e as florestas submersas. O objetivo é mostrar “o outro lado” do Oceanário, dos seus habitantes e dos trabalhadores que garantem o bem-estar dos animais, mesmo quando não há visitas.
O projeto “O outro lado do Oceanário”, lançado no final do mês de fevereiro, tem sido um sucesso, garante Diogo Geraldes. O membro da equipa de educação do Oceanário propõe um plano completo: “Tomar o pequeno-almoço com os pinguins-de-magalhães, almoçar com as lontras e lanchar a ver a floresta submersa”. Com os programas disponíveis, é possível percorrer os diferentes cantos do Oceanário, numa visita exclusiva e diferente da que o público está habituado.
Numa sessão online em direto, com duração de 45 minutos, é possível ver os animais a ser alimentados, ter imagens exclusivas dos bastidores e conversar com biólogos e aquaristas, para tirar todas as dúvidas e esclarecer as curiosidades sobre a vida marinha. “O Oceanário está fechado, mas a missão continua”, salienta Diogo. Por isso, cada visita tem o custo de 20 euros e serve para apoiar a missão do Oceanário de preservação da vida animal marinha.
Nas sessões, são desvendadas histórias engraçadas e todos os detalhes sobre o modo de vida das espécies. Na visita às florestas submersas, é dado a conhecer ao público o maior aquário plantado do Mundo, com 40 metros de comprimento e 160 mil litros de água. Uma experiência pela Natureza e arte da floresta debaixo de água, criada por Takashi Amaro.
É possível escolher entre quatro programas distintos, focados em diferentes temáticas, disponíveis em diversos dias e horários. As sessões são em grupo e a linguagem é adaptada às idades presentes. É um programa para toda a família, sublinha Diogo Geraldes.
Apesar de o formato ter sido pensado para o confinamento, o Oceanário está a pensar numa forma de manter a iniciativa mesmo após a reabertura ao público.
Texto: Sara Sofia Gonçalves