Os animais desaparecem da Terra. E porquê?

Os animais desaparecem da Terra. E porquê?

As ameaças à vida animal vêm de vários lados. São fenómenos naturais, mas também existe muito dedo do Homem.

Já não há dinossauros na Terra, como sabes. Nem todos morreram com o impacto de um asteroide, os que ficaram não resistiram a uma nuvem de poeira que tornou as suas vidas, e das plantas que eram o seu alimento, insustentáveis. Se há milhões de anos os animais desapareciam por razões naturais, hoje a extinção das espécies é sobretudo provocada pelo Homem. A poluição, as mudanças climáticas, a caça e a pesca ilegais, o desrespeito pela lei que protege espécies, o comportamento humano. Tudo isso ajuda a explicar o sumiço.

 

 Uma ave, um puma, um rinoceronte

A ave azul que inspirou o filme “Rio” foi declarada como extinta. Ararinha-azul, de seu nome, sobrevive apenas com 100 aves, todas em cativeiro. O mesmo não se pode dizer do puma do leste: o último exemplar foi morto há mais de 80 anos, na América do Norte. E o rinoceronte-branco poderá ter os dias contados. O último macho morreu em 2018. Ficaram apenas duas fêmeas.

 

 Lutar para sobreviver

O mundo animal não pode colapsar. A verdade é que há espécies ameaçadas, ora porque o Homem invade os seus ecossistemas, ora porque a exploração económica fala mais alto. No final de 2018, a girafa, o mamífero mais alto do Mundo, entrou na lista das espécies em vias de extinção: em 30 anos perdeu 40% da população. E 95% dos lémures, de olhos grandes e cauda longa e peluda, que ganharam fama no filme “Madagáscar”, estão quase a desaparecer.

 

 Na água, no chão, no ar

 

O panda-gigante é um animal em risco, não chegam aos 2 500 no seu habitat. Tal como o tigre, e não serão mais de 3 200, por causa da desflorestação e caça clandestina (as peles são muito cobiçadas). O lince-ibérico é apontado como o felino mais ameaçado do Mundo – o coelho, a sua principal presa, sucumbiu a várias doenças, e os incêndios florestais deram cabo do habitat. Na água, o golfinho (há previsões de que possa desaparecer das águas portuguesas em menos de 20 anos) e o tubarão-branco estão a acabar. No ar, a borboleta-monarca, na América, e a águia-imperial, no nosso país, também estão em risco.

Texto: Sara Dias Oliveira