Portugal deu mundos ao mundo. No início de quinhentos, os navegadores portugueses partiram por “mares nunca dantes navegados” iniciando aquilo que hoje vulgarmente se chama globalização. De norte a sul do país não faltam vestígios da empreitada dos marinheiros.

Em Vila do Conde, uma nau quinhentista, construída nos estaleiros “Samuel e Filhos” dos últimos que fazem barcos em madeira, está ancorada no Ave, onde no século passado trabalhavam dezenas de calafates, bem junto à Alfândega Régia. Uma visita permite-te imaginar a saga e o sofrimento daqueles homens que desbravaram mares desconhecidos sem nunca chegar a ser heróis. Mais a sul, em Lagos, perto da fortaleza de Sagres, lugar mítico do infante D. Henrique, não deixes de visitar o antigo mercado de escravos, o lado mais negro da epopeia.

Nau quinhentista
É um conjunto símbolo dos descobrimentos. De um lado a Alfândega Régia, um edifício do século XV, do outro, ancorada na margem do rio Ave, a nau quinhentista.  Representam o crescimento dos portos e do comércio marítimo. è na Alfândega de Vila do Conde que se encontra o  Centro de Documentação dos Portos Marítimos Quinhentistas. Um ponto obrigatório no roteiro de especialistas, mas também daqueles que apenas pretendem conhecer melhor o passado.

Casa do Infante
Foi nesta casa que dizem ter nascido o infante D. Henrique, o navegador. Pode ser o ponto de partida para um roteiro na zona ribeirinha portuense que deve passar obrigatoriamente pela Igreja de S. Francisco, pelo Palácio da Bolsa e pelo imponente edifício da alfândega, debruçado sobre o Douro.

Rosa dos Ventos
Diz a lenda que o Infante D. Henrique criou uma escola Náutica em Sagres. No início do século passado foi descoberta uma rosa dos ventos construída com 48 fiadas de pedras, dispostas radialmente num terreiro circular com 50 metros de diâmetro. A fortaleza de Sagres fica em Vila do Bispo, em pleno Parque Natural do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina.

Torre de Belém
É o símbolo da Lisboa cosmopolita e poderosa da era quinhentista. Os descobrimentos fizeram da cidade uma espécie de capital do império, onde se cruzavam culturas, povos e conhecimentos. A torre, na margem do Tejo, mandada erigir por D. Manuel, substituiu uma nau ali ancorada para lançar fogo.

Lê mais sobre este passeio de Verão pela história de Portugal!