Greta Thunberg chegou a Nova Iorque, nos Estados Unidos da América, após uma viagem de 15 dias no mar.

A jovem ativista ambiental sueca, que recusa andar de avião por ser um meio de transporte muito poluente, atravessou o Atlântico num veleiro ecológico, equipado com painéis solares e turbinas submersas que geram eletricidade sem dióxido de carbono.

O barco foi cedido gratuitamente para a viagem pelo filho da princesa Carolina do Mónaco, Pierre Casiraghi. Greta viajou na companhia do pai, de Pierre e de um cineasta.

Iniciou a viagem no passado dia 14, no porto de Plymouth (sudoeste da Inglaterra), e desembarcou no cais de Manhattan na quarta-feira (dia 28). À sua espera tinha cerca de duas centenas de pessoas que a receberam com aplausos e mensagens de apoio.

“A minha mensagem para Donald Trump [presidente dos Estados Unidos] é para ouvir mais a ciência, mas claramente que ele não o faz. Como digo sempre que me fazem essa pergunta, se ninguém foi capaz de o convencer da urgência da crise climática, como poderia eu conseguir?”, questionou, pouco depois de desembarcar.

Disse ainda que recebeu informações dos incêndios que afetam a Amazónia durante a sua viagem. “É uma situação desastrosa e um sinal claro que devemos parar de destruir a natureza”, frisou a ativista.

Greta vai estar várias semanas nos Estados Unidos, prevendo-se que participe na cimeira sobre o clima das Nações Unidas, no dia 23 de setembro.

Irá depois ao Canadá, México e, por fim, ao Chile, onde está previsto participar noutra conferência sobre a emergência climática, em dezembro.

A sueca de 16 anos está na origem de um movimento mundial de estudantes, que se uniram numa greve climática para pressionar a ação dos governos em defesa do clima.

Foto: Mike Segar/Reuters