Os bacalhaus não são simplesmente peixes espalmados e salgados cortados às postas como vês nos supermercados. São muito mais do que isso.
São peixes amarelados que têm uma barbilha que funciona como uma bússola e têm no corpo uma linha branca que é uma espécie de radar. São muito rápidos. Reagem a estímulos de três milésimos de segundo. Os bacalhaus podem chegar a pesar 90 quilos, atingir os dois metros de comprimento, e viver entre 20 e 25 anos. São muito gulosos, mas não podem comer muito, cerca de 30 gramas de outros peixinhos – lula, camarão, verdinhos, pescada, petinga, mexilhões – dia sim, dia não.
No Museu Marítimo de Ílhavo há um aquário com 30 bacalhaus que vieram diretamente da Noruega e da Islândia. É um aquário bonito, aberto na superfície, que permite ver estes peixes de diversas perspetivas.
Primeiro, num patamar superior, de cima, e depois num passeio em espiral até a um pequeno auditório que tem uma grande janela que permite ver os bacalhaus mais de perto. O aquário, inaugurado em 2013, tem 3,2 metros de profundidade e capacidade para 120 metros cúbicos de água que está a uma temperatura média de 12 graus.
O museu não tem apenas bacalhaus. Tem, por exemplo, um barco em ponto pequeno que ia para os mares do Norte cheio de homens para pescar bacalhaus. Tem uma coleção de conchas e búzios com cinco mil exemplares e que é uma das maiores da Europa. Tem algas secas, vários instrumentos de navegação, o material que é usado para extrair o sal que colocamos na mesa, fotos a preto e branco da pesca do bacalhau de outros tempos. E muito mais.